Foram tantas lambanças dos apitadores, bandeirinhas e árbitros de VAR nesse Campeonato Brasileiro, que o presidente da Comissão de Arbitragem, Leonardo Gaciba, foi mandado embora. A decisão foi tomada na manhã desta sexta-feira pelo presidente interino da entidade, Ednaldo Rodrigues. A informação é de que o também ex-árbitro Alício Pena Júnior assumirá o cargo até o final do Campeonato Brasileiro.
Estopim
A gota d’água foi a polêmica arbitragem de Vinicius Gonçalves Dias Araújo em Flamengo 3×0 Bahia, quinta-feira, no Maracanã. O árbitro marcou um pênalti para o Rubro-Negro depois que a bola tocou no peito e no bíceps do zagueiro Conti, do Tricolor baiano. Ele manteve a decisão mesmo depois de ver as imagens no monitor, desrespeitando recomendação do ano passado de que quando a bola bater na manga da camisa o pênalti não deve ser marcado.
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Ferramenta é boa
Mas, venhamos e convenhamos, esse não foi o primeiro erro (nem o mais clamoroso) e nem será o último da arbitragem brasileira, que tem se revelado um verdadeiro desastre desde que o VAR foi inserido na realidade do futebol. A ferramenta é boa e necessária para trazer mais justiça ao placar dos jogos, mas sua utilização é incompetente.
Não creio em corrupção
Embora a corrupção esteja impregnada em todos os setores da sociedade brasileira, eu custo acreditar que os árbitros brasileiros cometam erros propositais para beneficiar time A ou B. O que existe é uma pressão sobre os apitadores, sobretudo quando times de grande mídia são prejudicados. Basta ver o que aconteceu com o Flamengo, duramente prejudicado pela arbitragem na segunda-feira (8), acabou sendo favorecido na quinta-feira (11).
Incompetência indisfarçável
Não vou dizer também que todos os árbitros brasileiros são maus profissionais. Mas o que temos visto – na média dos jogos – é um show de horrores. A incompetência da arbitragem se tornou indisfarçável em tempos de VAR.
É sobre isso e não está tudo bem.
