Com o objetivo de ampliar a diversidade nas operações, a mineradora Vale iniciou ontem, terça-feira, 5, a capacitação do maior grupo de mulheres e pessoas com deficiência da história do Complexo Minerador de Carajás, em Parauapebas. São ao todo 240 mulheres e 27 profissionais com deficiência (12 mulheres e 15 homens).
As pessoas que participam da formação participaram de processo seletivo inédito, focado nos dois públicos para Programa de Formação Profissional (PFP), promovido pela empresa este ano. O processo seletivo iniciou em junho com vagas nas áreas de manutenção e operação de equipamentos e contou com mais de 15 mil inscritos.
A aula inaugural iniciou a formação teórica do grupo, com duração de seis meses no Serviço Nacional da Indústria (Senai). A próxima etapa da formação, a fase prática, tem duração de um ano e será realizada no Complexo Minerador de Carajás, com mentoria de empregados qualificados em cada processo.
Leia mais:O percentual de aproveitamento do Programa de Formação Profissional é de 85%, segundo o gerente de Recursos Humanos da Vale, Saulo Prazeres. Saulo explica que o programa é uma das iniciativas da Vale de formação de mão de obra local.
“Ele faz parte de um seleto grupo formação que nós temos, como os programas de estágios e jovem aprendiz. O objetivo é formar mão de dobra local, preparando essas pessoas para o mercado de trabalho”, detalha Saulo, frisando que as pessoas capacitadas estarão aptas a participar de processo seletivo para qualquer empresa.
O gerente ressalta ainda que a Vale sempre absorve essa mão de obra, afirmando nos últimos anos a empresa tem atingindo uma taxa de 85% de contratação das pessoas que participam dos programas de formação realizados pela mineradora. “É um bom índice de aproveitamento, considerando nossa realidade de mercado”, pontua, observando que esse tipo de formação possibilita maior diversidade de gênero, o que é bom para o quadro da empresa.
“Uma empresa mais equilibrada em diversidade de gênero, alcançará outros patamares de resultados. A diversidade precisa ser enxergada sobre uma perspectiva mais ampla de cor, de raça, de gênero e com deficiência”, enfatizou Saulo Prazeres.
O diretor do Corredor Norte, Antonio Padovezi, também destaca esse ponto. Segundo ele, a partir desta seleção, a Vale espera ampliar a diversidade na empresa. “Nós promovemos um processo seletivo diferenciado, focado nesses dois grupos. Nosso objetivo é contribuir também com a ampliação da capacidade de empregabilidade da mão de obra na região. Esta iniciativa faz parte de uma série de esforços que estamos implementando para ampliar a diversidade, principalmente a presença de mulheres nas nossas operações. E esse processo, que garantiu o ingresso do maior grupo de mulheres da história de Carajás, será referência na empresa”, acrescentou.
A turma de mulheres e pessoas com deficiência é o maior da história de Carajás. Edinalva Medeiros, 39 anos, trabalhava como prestadora de serviço de forma sazonal. Ela já havia participado de cinco processos seletivos e sempre manteve a determinação. Agora integra a maior turma de capacitação focada no público feminino em Parauapebas. “Já estava preocupada com a idade, tinha experiência e era algo que queria muito, fiquei muito surpresa quando me chamaram e hoje me sinto caminhando na direção de um dos meus sonhos. É muito importante essas iniciativas para nós, mulheres”, comemora.
Segundo a empresa, o Programa de Formação Profissional é um dos programas Porta de Entrada da Vale e tem como objetivo preparar profissionais para o mercado de trabalho. Por meio dessas ações focadas na qualificação profissional na região, em 2018, mais de 840 jovens ingressaram na empresa. Entre eles: o Programas de Formação, Jovem Aprendiz e Estágio, nas modalidades, regular, técnico e de 40 horas. (Tina Santos – com informações da Vale)