Correio de Carajás

Vale e Sinobras assinam termo de compromisso para nova aciaria em Marabá

A Vale e a Sinobras (Siderúrgica Norte Brasil S.A, empresa do Grupo Aço Cearense, assinam nesta segunda-feira (9) um termo de compromisso para o desenvolvimento de planta de nova aciaria para produção de tarugos de aço a partir do ferro gusa, em Marabá, no sudeste do Pará. O acordo prevê que o fornecimento da matéria-prima (ferro gusa) para a nova aciaria seja feito pela empresa Tecnored, subsidiária da Vale, em fase de implantação no município. Já a operação da aciaria será feita pela Sinobras.

O tarugo é usado como matéria-prima pelas siderúrgicas no processo de laminação a quente, podendo resultar em vários tipos de produtos como barras, perfis, fio máquina, vergalhão CA50, entre outros.

Pelo acordo assinado, a Vale apoiará o projeto através da emissão de garantias, após a conclusão da engenharia, que viabilizem o financiamento a ser contratado pela SINOBRAS para instalação da nova aciaria. Já a SINOBRAS, empreendedor que possui atuação há mais de 15 anos em Marabá, será a responsável, além dos estudos de engenharia, pela implantação e operação da planta.

Leia mais:

O evento de assinatura contou com a presença do governador do Estado do Pará, Helder Barbalho; do prefeito de Marabá, Tião Miranda; do presidente do Grupo Aço Cearense, Vilmar Ferreira; do vice-presidente de operações do Grupo Aço Cearense, Ian Corrêa; e do diretor-presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo.

Durante a solenidade, o governador ressaltou a importância da nova usina para o desenvolvimento econômico da região. “Hoje demos um passo decisivo para a consolidação da verticalização da mineração no estado. É um primeiro passo para que possamos fazer de Marabá e desta região um novo grande polo de siderurgia para o Brasil, afirmou o Governador do Pará, Helder Barbalho.

Sinergia entre mineração e siderurgia

“Essa iniciativa integra um conjunto de investimentos e compromissos que a Vale assumiu junto aos paraenses. A nova aciaria tem conexão com outros projetos da empresa, gerando uma sinergia estratégica para o mercado e todos os negócios envolvidos, como a Tecnored, que anunciamos recentemente em Marabá. Ao todo, estamos investindo 12,2 bilhões de reais em projetos no sudeste do Pará, gerando cerca de 14 mil empregos no pico das obras”, afirmou Eduardo Bartolomeo, diretor-presidente da Vale.

Governador enaltece parceria entre Vale e Sinobras para desenvolver projeto de nova aciaria para Marabá – Foto: Divulgação

O vice-presidente de operações do Grupo Aço Cearense, Ian Corrêa, destaca a sinergia entre os investimentos. “Nossa parceria vai viabilizar a implantação do polo metalmecânico de Marabá, porque por meio desse projeto, e com a expansão da Sinobras, surgirão grandes oportunidades para que novas empresas se instalem na região e utilizem os produtos gerados. É importante que as pessoas entendam que essa nova aciaria e a expansão da Sinobras são projetos distintos, mas ambos com o objetivo de trazer mais desenvolvimento e crescimento para a região”, disse.

A partir da assinatura do termo, a Sinobras irá desenvolver o projeto de engenharia, que deve ser concluído até o fim de 2023. O cronograma de obras detalhado será apresentado a partir da fase de estudos de engenharia.

O prefeito de Marabá, Tião Miranda, ressalta que este é um passo importante para a industrialização mineral, com viabilidade econômica. “O mais importante deste projeto de verticalização na siderurgia é que ele possui viabilidade econômica. Vai começar com 250 mil toneladas de ferro gusa, usando uma nova tecnologia mais sustentável, que é o Tecnored, e vão transformar em aço, chegando a 500 mil toneladas, já com um comprador que vai industrializar e que tem expertise nisso, que é a Sinobras. Portanto, esse é um passo importante para a verticalização do minério”, destacou o prefeito.

Expansão
A ampliação das atividades da Sinobras também foi um dos anúncios feitos durante o evento. Com o projeto chamado de “Sinobras fase 2”, a empresa vai mais que duplicar a capacidade produtiva de sua siderúrgica, com um investimento que inclui a instalação da Laminação 2, que vai possibilitar a produção de 500 mil toneladas/ano de aço laminado em bobina; e uma nova subestação e linha de transmissão de 230kV, que terá a missão de suprir as novas necessidades de cargas elétricas da empresa e proporcionar a utilização de energia da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, da qual a empresa é sócia como autoprodutora.

Com isso, a empresa passará a ter capacidade de produzir 850 mil toneladas/ano e irá gerar um pico de 600 novos empregos durante a fase de implantação e 200 na fase de operação, além de produzir novos produtos como fio-máquina e vergalhão em rolo (bonina e spooler). (Com informações da Ascom Vale e Agência Pará)