Correio de Carajás

Unifesspa: Professor de Saúde Coletiva lança livro sobre Pluralidade Masculina

O livro é organizado por textos de pesquisas e reflexões. Depois de mais de dois anos de dedicação a organização da obra, os organizadores apresentam ao público “Pluralidade Masculina: contribuições para pesquisa em saúde do homem”, que reúne mais de 100 pesquisadores nacionais e internacionais. Estes se dedicaram a responder como as masculinidades influenciam os comportamentos dos homens no cuidado com a sua saúde e como investigá-los nesta perspectiva.

Publicado pela editora CRV, o livro possui dois eixos temáticos: teorias e métodos para subsídios de pesquisa e pesquisas em saúde do homem distribuídos em 37 capítulos com 792 páginas.

O campo de estudos em gênero, masculinidades e saúde no Brasil, ao qual o presente livro se filia, aponta para marcadas diferenças entre homens e mulheres quanto ao motivo da procura de serviços de saúde e barreiras para a ausência e/ou invisibilidade masculina nos serviços de saúde. As dificuldades dos homens têm a ver com a identidade de gênero (a noção de invulnerabilidade, a busca de risco como um valor da própria cultura), a qual dificultaria a verbalização de suas necessidades de saúde, convergindo com a imagem que os homens teriam dos serviços de saúde como não sendo um espaço para eles.

Leia mais:

Estudos recentes acerca do modo como profissionais de saúde (sujeitos generificados, como todos os demais) julgam e reconhecem como legítimas ou não as necessidades e demandas de saúde de homens e mulheres também apontam que o processo de trabalho no cotidiano da assistência em saúde, em seus diferentes níveis de atenção, pode gerar mecanismos potencialmente promotores de desigualdades entre os gêneros e no interior destes, a depender das interseccionalidades com outros marcadores sociais da diferença como raça, orientação sexual, geração, religiosidade, classe.

Segundo a cientista social Márcia Thereza Couto, que faz a apresentação da obra, “a coletânea de capítulos que o livro Pluralidade Masculina: contribuições para Pesquisas em Saúde do Homem” apresenta é um rico exemplo da vitalidade e promessa de continuado avanço na área de estudos de gênero, masculinidades e saúde e, por isso, muito bem-vindo não apenas para estudiosos do campo, mas para estudantes e profissionais de saúde.

Para os interessados em adquirir a obra é só acessar o link

“A pesquisa no contexto masculino se reinventa, inova e evolui, por isso, convidamos os leitores a mergulharem conosco no vívido e narrado que a escrita desta obra compartilha”, concluiu o professor Jeferson Santos Araújo

Conheça os organizadores da obra

Jeferson Santos Araújo é professor do curso de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa); Doutor em Enfermagem pelo Programa de Pós-Graduação em Enfermagem Fundamental pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (EERP/USP); Membro do Centro Colaborador da OPAS/OMS para o Desenvolvimento da Pesquisa em Enfermagem. University of São Paulo at Ribeirão Preto College of Nursing; Especialista em Enfermagem Oncológica e em Enfermagem do Trabalho – EERP/USP; Graduado e Licenciado em Enfermagem e Obstetrícia pela Universidade Federal do Pará (UFPA). 

Márcia Maria Fontão Zago é graduada em Enfermagem pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (USP) em 1978, com Mestrado (1990) e Doutorado (1994) em Enfermagem Fundamental pela EERP-USP. É Professora Associada (2000), aposentada (2010), integrada ao Programa Professor Sênior da USP (2013). É consultora da Coordenação de Apoio ao Pessoal de Nível Superior (Capes), Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), do Conselho Editorial de Periódico Nacional, e presta assessoria a vários periódicos nacionais. Tem experiência nas áreas de Enfermagem Oncológica. Foi coordenadora do curso de Especialização de Enfermagem em Oncologia de 2000 a 2010. É líder do Grupo de Estudo da Reabilitação de Pacientes Cirúrgicos e Oncológicos – (GERPCO). Sua principal experiência em investigação envolve a aplicação da abordagem da Antropologia Médica e de Métodos Qualitativos para a pesquisa de fatores culturais na sobrevivência de pacientes/familiares com doença crônica, como o câncer. (Ascom/Unifesspa)