A última corrida de rua deste ano em Marabá, 2ª Corrida Natalina, promovida pela Toptri, reuniu 123 atletas, entre profissionais e amadores, na manhã de ontem, domingo (23). A largada e a chegada se deram em frente ao Ginásio Poliesportivo de Marabá, próximo à Praça da Folha 16, Nova Marabá.
“O objetivo dessa corrida é atender àquele público que permanece em Marabá neste mês festivo, de muita confraternização em família. Estamos realizando pelo segundo ano e conseguimos, ainda, trazer alguns turistas”, informou Emerson Vale, um dos organizadores do evento.
O percurso foi de 5 Km e os vencedores em todas as faixas receberam medalhas e troféus. “Recebemos excelente público, que já vem acompanhando, e acho que temos a crescer em 2019”, observou. O primeiro colocado na prova foi Jonasclei Silva da Silva, que começou a praticar o esporte há aproximadamente um ano, treinando junto ao projeto AFG.
Leia mais:“Meu irmão começou a praticar atletismo e eu ia levar ele na pista, mas aí comecei a treinar e o professor Fabiano (Gomes) me chamou para trenar com ele. Melhorou minha vida em 100%. Não sinto mais dores, tenho disposição, levanto cedo para treinar todo dia, me sinto bem porque estou treinando há só um ano”.
Esse não é o primeiro pódio dele, que conquistou, inclusive, a primeira maratona de Marabá neste ano. “É um vício bom. Sairei 15 dias de folga e já preocupado porque estamos acostumados a treinar duas vezes por dia”, declarou. O treinador, Fabiano Gomes dos Santos, se mostrou orgulhoso da participação da equipe que lidera.
“Os garotos cresceram, estão em um período de transição, de ‘férias’, e hoje foi praticamente só uma brincadeira e acabaram correndo muito bem, fechando com chave de ouro e esperando que 2019 seja melhor ainda que 2018. Estamos felizes pelos resultados no crescimento da equipe, tanto com os profissionais do projeto quanto com os amadores”.
Sobre o ano da corrida em Marabá, esporte que vem ganhando cada vez mais adeptos, Fabiano afirma que falta apenas organizar melhor o calendário de eventos. “Houve muita corrida em cima da outra e fica difícil o atleta encaixar o treinamento, mas estamos ainda aprendendo e em 2019 tentaremos fazer melhor”.
Reclamou, ainda, da tradicional falta de incentivo público ao esporte. “Falta incentivo pelo Poder Público e isso é um absurdo, é culpa de todos os administradores que nunca fizeram isso. Temos uma cultura maldita aqui de tudo o que se faz de rodovia e de rua só se pensa no carro e, por isso, a sociedade em geral está ficando doente, Temos que ter ciclovia, pista de cooper e não temos. Deixo essa sugestão para a administração local”.
O administrador de empresas Olavo Antônio Chaves, que corre desde 2010, faz observações aos organizadores das corridas. “Alguns percursos são ótimos, bem delimitados e com estrutura de DMTU e Exército, mas falta um pouco disso em outras. Nossa preocupação maior é com a nossa segurança”, afirma, ressaltando os bens que a prática esportiva traz para os praticantes.
“Eu corro por duas coisas: saúde e diversão. Mas a diversão também contribui para a saúde, traz alegria e isso também é saúde. Recomendo a todos que corram ou ao menos tentem correr porque você pode estar triste, cansado, com raiva, desmotivado, mas desafio a correr porque em 20 minutos todos esses sintomas desapareceram”.
José Valcomi, de 62 anos, concorda com essa visão. Ele corre há 35 anos e sequer pensa em parar. “Goste de fazer atividade física e melhorar meu condicionamento para viver uns dias a mais, sempre ajudou a desenvolver minha resistência para o meu dia a dia, para meu trabalho. O esporte é uma alegria na vida do ser humano. Não dá para abandonar, quanto mais faz, mais quer”. (Luciana Marschall – com informações de Josseli Carvalho)