Correio de Carajás

Uepa se posiciona após repercussão de reportagem sobre concurso

A assessoria de comunicação da Universidade do Estado do Pará (Uepa) encaminhou nota, na tarde de hoje, terça-feira (5), acerca da reportagem “Treta em toda a Uepa com o curso de Medicina em Marabá”, veiculada pelo portal Correio de Carajás no último dia 30 (quarta-feira). O posicionamento foi solicitado pela reportagem na manhã do mesmo dia, por e-mail, questionando os seguintes pontos:

 

– Por que número tão elevado de vagas para o curso de Medicina apenas do Campus de Marabá enquanto outros cursos têm apenas um ou três professores efetivos e outras unidades – como Santarém – possuem o mesmo curso há mais tempo com quadro menor que o ofertado agora?

Leia mais:

– Por que o edital está direcionando as vagas para o curso de Medicina especificamente e não para o departamento responsável? Isso não abre brecha para que estes futuros professores se recusem a ministrar disciplinas em outros cursos da área de Saúde?

– Por que vagas multidisciplinares, como metodologia científica, por exemplo, estão abertas apenas para profissionais de medicina com especialização?

– Por que a abertura de concurso para contratação de novos professores enquanto não está sendo aplicada a progressão para os profissionais que já atuam? Sabemos que há mestres recebendo como especialistas e doutores recebendo como mestres.

– Quando foi formada a comissão para construção do edital e quando ele foi divulgado (datas)?

– Por que o custo da inscrição é tão alto? A média em todo o país é entre R$ 100 e R$ 150.

 

A assessoria de comunicação justificou a demora em responder afirmando ter dependido de uma reunião agendada pela comissão responsável pelo certame. Segue o posicionamento, na íntegra:

“A respeito do Edital 73/2017, referente ao Concurso Público para o cargo de professor da carreira do Magistério Superior, a Universidade do Estado do Pará (Uepa) esclarece alguns questionamentos da comunidade interna, que se tornaram públicos por meio de jornal em circulação no município de Marabá. São eles:

1 – O certame atende a um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), firmado entre o Ministério Público (MPE) e o Estado do Pará, por meio da Procuradoria Geral (PGE), da Secretaria de Estado de Administração (Sead) e da própria Universidade, em abril deste ano. Entre outros compromissos, o Termo impõe a realização de concurso público específico para o curso de Medicina, devido à carência de professores efetivos.

2 – O curso de Medicina para o Campus de Marabá foi criado em 2011. Mesmo sem nenhum professor efetivo e diante da nova realidade, à época, a Universidade capacitou docentes temporários para atuar na graduação. Após o processo seletivo, as aulas tiveram início no segundo semestre de 2012.

3- O curso é desenvolvido em tempo integral, sob métodos ativos (active teaching-learning methodologies) e de acordo com os seguintes pilares da educação: aprender a conhecer; a fazer; a viver juntos; e a ser. Estes possibilitam a autoiniciativa do aluno e garantem a integralidade da atenção à saúde com qualidade, eficiência e resolutividade. O Projeto Político Pedagógico está estabelecido sob a observância das recomendações dos Ministérios da Educação e da Saúde, considerando, sobretudo, o cumprimento dos cronogramas das atividades de ensino sem criar descompasso entre os ‘tutores’, os alunos, a disponibilidade e a oportunidade de recursos.

4 – Dada a especificidade da graduação e para atender às normas do Ministério da Saúde, em especial para o componente curricular ‘Tutorial’, houve a necessidade de abrir seleção para uma quantidade significativa de docentes para contemplar as diversas áreas do conhecimento. As 42 vagas ofertadas são destinadas ao curso de Medicina, porém estão distribuídas por departamento acadêmico, de acordo com o Regimento da Uepa e conforme consta no Anexo I do Edital, a exemplo dos Departamentos de Saúde Comunitária (DSCM) e de Saúde Especializada (DSES).

5 – O concurso destina-se à classe de Professor Auxiliar, a qual há vagas previstas no Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR) da Universidade. Após a nomeação e durante três anos, os aprovados estarão sob regime de estágio probatório. Somente ao término desta etapa, e caso haja vagas, poderão ascender na carreira docente.

6 – Em relação ao Edital, divulgado no último dia 23 de agosto, a Uepa informa que uma comissão foi nomeada em abril deste ano para a supervisão, acompanhamento e execução de todo o concurso. Quanto ao componente curricular “Pesquisa Científica”, este não se restringe ao título de especialista, mas abrange as titulações de mestre e doutor, conforme dispõem os requisitos mínimos, disponíveis no Anexo I (“GRADUAÇÃO EM MEDICINA, COM POS-GRADUAÇÃO (LATO OU STRICTO SENSU) NA ÁREA DA SAÚDE)”. Mesmo assim, na próxima semana, uma errata sobre a formação de nível superior necessária para este componente será divulgada no site da instituição (www.uepa.br) e no Diário Oficial do Estado (DOE).

7 – A taxa de inscrição equivale a outros processos seletivos para a área da saúde e é destinada a atender os custos provenientes da seleção, em especial, as especificidades da aplicação das provas didático práticas.

Por fim, a Uepa reitera a importância de concurso público e de professores efetivos para o pleno funcionamento do tripé universitário: Ensino, Pesquisa e Extensão. A instituição informa ainda que já estão em fase de elaboração novos editais para professores efetivos de todas as áreas do conhecimento, e para servidores da área técnica administrativa. A previsão é que os editais sejam publicados até o final do ano”. (Luciana Marschall)

A assessoria de comunicação da Universidade do Estado do Pará (Uepa) encaminhou nota, na tarde de hoje, terça-feira (5), acerca da reportagem “Treta em toda a Uepa com o curso de Medicina em Marabá”, veiculada pelo portal Correio de Carajás no último dia 30 (quarta-feira). O posicionamento foi solicitado pela reportagem na manhã do mesmo dia, por e-mail, questionando os seguintes pontos:

 

– Por que número tão elevado de vagas para o curso de Medicina apenas do Campus de Marabá enquanto outros cursos têm apenas um ou três professores efetivos e outras unidades – como Santarém – possuem o mesmo curso há mais tempo com quadro menor que o ofertado agora?

– Por que o edital está direcionando as vagas para o curso de Medicina especificamente e não para o departamento responsável? Isso não abre brecha para que estes futuros professores se recusem a ministrar disciplinas em outros cursos da área de Saúde?

– Por que vagas multidisciplinares, como metodologia científica, por exemplo, estão abertas apenas para profissionais de medicina com especialização?

– Por que a abertura de concurso para contratação de novos professores enquanto não está sendo aplicada a progressão para os profissionais que já atuam? Sabemos que há mestres recebendo como especialistas e doutores recebendo como mestres.

– Quando foi formada a comissão para construção do edital e quando ele foi divulgado (datas)?

– Por que o custo da inscrição é tão alto? A média em todo o país é entre R$ 100 e R$ 150.

 

A assessoria de comunicação justificou a demora em responder afirmando ter dependido de uma reunião agendada pela comissão responsável pelo certame. Segue o posicionamento, na íntegra:

“A respeito do Edital 73/2017, referente ao Concurso Público para o cargo de professor da carreira do Magistério Superior, a Universidade do Estado do Pará (Uepa) esclarece alguns questionamentos da comunidade interna, que se tornaram públicos por meio de jornal em circulação no município de Marabá. São eles:

1 – O certame atende a um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), firmado entre o Ministério Público (MPE) e o Estado do Pará, por meio da Procuradoria Geral (PGE), da Secretaria de Estado de Administração (Sead) e da própria Universidade, em abril deste ano. Entre outros compromissos, o Termo impõe a realização de concurso público específico para o curso de Medicina, devido à carência de professores efetivos.

2 – O curso de Medicina para o Campus de Marabá foi criado em 2011. Mesmo sem nenhum professor efetivo e diante da nova realidade, à época, a Universidade capacitou docentes temporários para atuar na graduação. Após o processo seletivo, as aulas tiveram início no segundo semestre de 2012.

3- O curso é desenvolvido em tempo integral, sob métodos ativos (active teaching-learning methodologies) e de acordo com os seguintes pilares da educação: aprender a conhecer; a fazer; a viver juntos; e a ser. Estes possibilitam a autoiniciativa do aluno e garantem a integralidade da atenção à saúde com qualidade, eficiência e resolutividade. O Projeto Político Pedagógico está estabelecido sob a observância das recomendações dos Ministérios da Educação e da Saúde, considerando, sobretudo, o cumprimento dos cronogramas das atividades de ensino sem criar descompasso entre os ‘tutores’, os alunos, a disponibilidade e a oportunidade de recursos.

4 – Dada a especificidade da graduação e para atender às normas do Ministério da Saúde, em especial para o componente curricular ‘Tutorial’, houve a necessidade de abrir seleção para uma quantidade significativa de docentes para contemplar as diversas áreas do conhecimento. As 42 vagas ofertadas são destinadas ao curso de Medicina, porém estão distribuídas por departamento acadêmico, de acordo com o Regimento da Uepa e conforme consta no Anexo I do Edital, a exemplo dos Departamentos de Saúde Comunitária (DSCM) e de Saúde Especializada (DSES).

5 – O concurso destina-se à classe de Professor Auxiliar, a qual há vagas previstas no Plano de Cargos, Carreiras e Remunerações (PCCR) da Universidade. Após a nomeação e durante três anos, os aprovados estarão sob regime de estágio probatório. Somente ao término desta etapa, e caso haja vagas, poderão ascender na carreira docente.

6 – Em relação ao Edital, divulgado no último dia 23 de agosto, a Uepa informa que uma comissão foi nomeada em abril deste ano para a supervisão, acompanhamento e execução de todo o concurso. Quanto ao componente curricular “Pesquisa Científica”, este não se restringe ao título de especialista, mas abrange as titulações de mestre e doutor, conforme dispõem os requisitos mínimos, disponíveis no Anexo I (“GRADUAÇÃO EM MEDICINA, COM POS-GRADUAÇÃO (LATO OU STRICTO SENSU) NA ÁREA DA SAÚDE)”. Mesmo assim, na próxima semana, uma errata sobre a formação de nível superior necessária para este componente será divulgada no site da instituição (www.uepa.br) e no Diário Oficial do Estado (DOE).

7 – A taxa de inscrição equivale a outros processos seletivos para a área da saúde e é destinada a atender os custos provenientes da seleção, em especial, as especificidades da aplicação das provas didático práticas.

Por fim, a Uepa reitera a importância de concurso público e de professores efetivos para o pleno funcionamento do tripé universitário: Ensino, Pesquisa e Extensão. A instituição informa ainda que já estão em fase de elaboração novos editais para professores efetivos de todas as áreas do conhecimento, e para servidores da área técnica administrativa. A previsão é que os editais sejam publicados até o final do ano”. (Luciana Marschall)