Correio de Carajás

Uefa recusa pedido para iluminar arena com arco-íris para partida da Eurocopa

Foto: Allianz Arena/ Divulgação AS+ Projects

A Uefa, federação do futebol europeu, negou um pedido para iluminar nas cores do arco-íris a Allianz Arena, em Munique, para a partida entre Alemanha e Hungria pela Eurocopa na próxima quarta-feira, 23.

O pedido foi feito a partir de uma proposta do conselho municipal de Munique, depois que o parlamento húngaro aprovou uma lei anti-LGBTQI na semana passada.

“Racismo, homofobia, machismo e todas as formas de discriminação são uma mancha em nossas sociedades –e representam um dos maiores problemas enfrentados pelo jogo hoje”, disse a Uefa em comunicado nesta terça, 22.

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“Comportamento discriminatório estraga as partidas e, fora do estádio, o discurso na internet sobre o esporte que amamos. Porém, a UEFA, através de seus estatutos, é uma organização neutra política e religiosamente. Dado o contexto político deste requerimento específico –uma mensagem que tem como alvo uma decisão do parlamento nacional húngaro– a Uefa deve negar esse requerimento”, completou.

A organização acrescentou ainda que propôs à Munique que ilumine o estádio em 28 de junho, Dia da Liberação da Rua Christopher, ou entre 3 de julho e 9 de julho, que é a semana do Dia da Rua Christopher em Munique, data que reconhece as revoltas de 1969 de Stonewall e a marcha na cidade de Nova York que aconteceu um ano depois, e agora é considerada a primeira parada do orgulho gay.

Lei anti-LGBTQI

A legislação aprovada na Hungria bane conteúdos que “promovem homossexualidade e mudança de gênero” em escolas. A lei foi amplamente criticada por grupos de defesa dos direitos humanos e partidos de oposição.

No pedido de vários partidos enviado ao conselho municipal de Munique, e repassado a Uefa, a ideia de iluminar a Allianz Arena nas cores do arco-íris era para “dar um sinal visível e importante de solidariedade para a comunidade LGBTI na Hungria, que sofrem sob a legislação governamental homofóbica e transfóbica”. (Roma News com informações da CNN)