Correio de Carajás

Tucumã: Açaí e cupuaçu estão na pauta

Em tempos de crise econômica como a que o Brasil vem enfrentando, a união faz toda a diferença na hora de derrubar obstáculos. E é exatamente assim que o cooperativismo acaba se tornando uma opção viável em períodos de economia estagnada. Foi com a intenção de avaliar o potencial de produção de frutas como o açaí e o cupuaçu que empresários gaúchos e paulistas estiveram esta semana no município de Tucumã, no sul do Pará, interessados na industrialização de matéria-prima.

Atualmente, o município se destaca por possuir uma forte produção de cacau. Agora, alguns produtores rurais estão iniciando, de forma consorciada, o plantio do açaí e do cupuaçu em larga escala como forma de estimular o crescimento da produção em algumas propriedades rurais.

Um dos entusiastas da iniciativa é João Francisco de Farias Santos, advogado, economista, técnico agropecuário, consultor e atualmente auditor de cooperativas no estado do Rio Grande do Sul, que juntamente com o empresário paulista João Jesse, Lorenzo Carrasco Silva Palácios.

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Ele é autor do livro “Quem Manipula os povos indígenas Contra o Desenvolvimento do Brasil”. Juntamente como o advogado Trabalhista, Wesson Cleber Guimarães, Lorenzo trabalha para que a matéria-prima dessas duas culturas possam assegurar, em um curto espaço de tempo, a instalação de uma fábrica de processamento por meio do cooperativismo.

“O cooperativismo já é uma realidade em países como a China, Rússia e Estados Unidos; então, porque não dinamizar o máximo dessa ideia na região e incentivar os produtores a produzirem a matéria prima para comercializa-las por meio de cooperativas, agregando valor e contribuindo com a cidade recolhendo impostos, gerando emprego e renda”, avalia João Francisco.

Já o advogado Wesson Cleber Guimarães lembra que o cooperado é, ao mesmo tempo, sócio e cliente, gerindo o próprio negócio de forma empreendedora, participativa e igualitária. “Precisamos organizar a produção da agricultura familiar. Com a produção de produtos de origem vegetal e animal, resolvendo a questão do gargalo do escoamento para vendermos esses produtos para o mercado nacional e internacional”. “Temos certeza que a ideia de implementar o cooperativismo é possível,  por exemplo, com a implantação de uma indústria de processamento da polpa do açaí e de outras atividades, desde que para isso se obedeça critérios ecologicamente corretos e socialmente justos. E o meio é via cooperativa, para organizar esse segmento”, declara. (Da Redação, com informações de Roney Wydiamaior)