O final de semana foi sangrento no complexo urbano São Félix: três pessoas foram assassinadas naquele núcleo habitacional em duas situações distintas. As mortes aconteceram entre as 2h20 da madrugada de sábado (3) e a meia-noite de domingo (4). O Departamento de Homicídios da Polícia Civil investiga os casos.
A vítima do domingo foi Gleisson Abreu da Silva, de 22 anos, morto a tiros no São Félix II, na presença de dezenas de testemunhas em frente a um movimentado bar. Antes disso, na madrugada de sábado, no Residencial Magalhães (área de ocupação urbana), Sebastião Silva Bahia Neto, de 27 anos, e Fabio de Souza Marques, de 38 anos, foram baleados. Sebastião morreu ainda no local, enquanto Fabio morreu à tarde no Hospital Municipal de Marabá (HMM).
No caso da morte de Gleisson, segundo o sargento Rubinaldo, do Posto Policial Destacado (PPD) de São Félix, a informação que os militares conseguiram apurar no local do crime é de que dois elementos em uma moto cometeram o crime. Um dos pistoleiros teria empurrado a vítima enquanto o outro atirou. Um acusado estava de camisa vermelha e outro vestia um moletom com estampa militar.
Leia mais:O tiro atingiu a nuca de Gleisson, que atualmente seria funcionário de um lava-jato no bairro. Os pais dele estiveram no local, mas estavam obviamente abalados com a situação e não conversaram com a Imprensa.
DSIQUE DENÚNCIA
A reportagem do CORREIO conversou com o delegado Toni Rinaldo Vargas, titular do Departamento de Homicídios da Polícia Civil. Ele observou que o assassinato de Gleisson foi cometido na presença de pelo menos 15 pessoas, de modo que o delegado espera a colaboração das testemunhas, que podem ajudar a polícia principalmente por meio do Disque Denúncia, que garante o anonimato do informante.
“Eu sei que é difícil de identificar uma pessoa, mas peço que as pessoas se encorajem para telefonar para o Disque Denúncia e nos dar alguma informação. A gente não pode tolerar que esse tipo de coisa aconteça e essa é a razão de eu trabalhar no maior sigilo possível”, explicou o delegado, acrescentando que toda e qualquer informação é bem-vinda.
O policial observou também que este não foi o primeiro crime praticado naquela área recentemente. Outras mortes já aconteceram nas proximidades daquele mesmo bar.
Perguntado sobre a vida pregressa da vítima, o delegado confirmou que Gleisson já foi preso no ano de 2015 acusado de roubo, mas Toni Vargas deixou claro que isso não tem interferência alguma nas investigações, pois uma pessoa foi morta e isso precisa ser esclarecido.
DUPLO BALEAMENTO
Por volta das 2h20 da madrugada de sábado (3), duas pessoas foram baleadas no Residencial Magalhães. Sebastião Neto morreu no local, enquanto Fabio Marques ainda foi socorrida por uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), mas morreu no HMM. O corpo dele deu entrada no Instituto Médico Legal (IML) às 16h daquele mesmo sábado.
No local do crime, a Polícia Militar conseguiu, entre os populares, a informação de que duas pessoas em uma moto Honda Bros de cor vermelha chegaram atirando contra as vítimas, logo em seguida tomaram rumo ignorado e ninguém conseguiu identificar nenhum dos acusados, tampouco a placa de identificação da moto. (Chagas Filho com informações de Josseli Carvalho)
SAIBA MAIS
A Polícia Civil pede a quem tiver alguma informação que seja capaz de ajudar o Departamento de Homicídios a elucidar os assassinatos que entre em contato com a polícia por meio da Central do Disque Denúncia Sudeste do Pará, pelos números (94) 3312-3350, WhatsApp (94) 98198-3350, ou pelo aplicativo Disque Denúncia Sudeste do Pará.