Correio de Carajás

Três casos suspeitos de ‘doença da urina preta’ são investigados no Pará

Pacientes com suspeita da doença são de Trairão e Belém; outro caso é em Santarém, onde homem morreu enquanto estava internado. Sespa reforça alerta para inspeção sanitária dos municípios.

Mais um caso suspeito da Síndrome de Haff, conhecida como “doença da urina preta”, é investigado pela Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa). A última notificação ocorreu em Trairão, no sudoeste do Pará, informou a Sespa no início da tarde desta sexta-feira (10).

A Secretaria e também a prefeitura de Trairão não divulgaram detalhes sobre o estado de saúde do paciente, nem há quanto tempo a pessoa teria ingerido pescado e apresentado os sintomas.

Em Santarém, onde houve o primeiro caso suspeito no estado, um homem morreu enquanto estava internado.

O Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS) aguarda análise de materiais coletados dos pacientes e dos pescadores para saber se os casos são ou não de Síndrome de Haff. O prazo para o resultado não foi informado.

Inspeção sanitária

 

Peixaria em Vitória do Xingu, no PA — Foto: Reprodução / Prefeitura Municipal de Vitória do Xingu
Peixaria em Vitória do Xingu, no PA — Foto: Reprodução / Prefeitura Municipal de Vitória do Xingu

Na cidade de Vitória do Xingu, sudoeste do Pará, o consumo de peixes do rio Amazonas foi suspenso. No oeste do estado, alguns municípios emitiram alertas sobre o consumo.

Segundo a Sespa, os municípios têm sido orientados para que aumentem a fiscalização e reforçou que a possível proibição de comércio ou consumo cabe às cidades.

“A Sespa orienta os municípios aumentar a atenção à inspeção sanitária dos locais de venda e sobre a importância do acondicionamento correto do pescado. […] A proibição, liberação do consumo de pescado ou bloqueio é de responsabilidade de cada município”, informou a secretaria em nota.

 

O que é Síndrome de Haff?

 

A síndrome está associada ao consumo de peixes como arabaiana, conhecido como olho de boi, badejo, tambaqui ou crustáceos.  A doença é causada pela ingestão de pescado contaminado por uma toxina capaz de causar necrose dos músculos.

Outros sintomas da doença são decorrentes desse quadro, como dores e rigidez no corpo, dificuldade de respirar e a urina escura, e podem aparecer entre 2h e 24h após o consumo. “A hidratação é fundamental nas horas seguintes ao aparecimento desses sintomas”, detalha a Sesma.

“A Secretaria informa que em caso de sintomas é necessário buscar atendimento imediatamente na rede pública de saúde do município”, orientou a Secretaria estadual de Saúde em nota.

(Fonte:G1)