Acerca de alguns problemas no trânsito de Marabá, diagnosticados pela população e divulgados de maneira detalhada na última edição deste CORREIO, a Prefeitura Municipal de Marabá e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) emitiram posicionamentos sobre o que estão fazendo e o que pretendem fazer. A notícia mais animadora vem da parte da prefeitura, que é o possível investimento de R$ 9,5 milhões em sinalização no decorrer deste ano.
Na manhã de ontem (25), o secretário municipal de Segurança Institucional, Jair Barata Guimarães, a quem o trânsito municipal está subordinado, informou que a sinalização (semafórica, vertical e horizontal) está a cargo da prefeitura, mas em determinadas áreas a instalação depende do aval do DNIT e do governo do Estado.
Segundo ele, outra questão que retarda a velocidade dos trabalhos de sinalização é a expiração de contratos com empresas que fazem esse serviço, no final de cada ano, e também o recesso da Câmara Municipal, que autoriza os projetos. Mas, segundo Jair, esses dois empecilhos já estão sendo vencidos.
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A notícia boa é que já foi concluída uma licitação – faltando apenas fazer o contrato – para convênio entre a prefeitura e o governo do Estado, na ordem de R$ 5,5 milhões, que vai garantir sinalização em toda a Velha Marabá, que está na planta do Departamento de Estado de Transportes (DETRAN). A ideia é fazer estacionamentos rotativos com “zona azul”, onde os condutores de veículos pagam para deixar os carros por minutos ou poucas horas, privilegiando os consumidores e impedindo que um carro fique o tempo inteiro em uma vaga.
Essa “zona azul” ficaria na Antônio Maia, que é uma via estritamente comercial, enquanto os estacionamentos comuns vão ficar nas ruas transversais que cortam a Antônio Maia. Essas vias serão de fluxo binário: uma mão indo e outra vindo, com exceção da Avenida Getúlio Vargas, que é mais larga e tem um canteiro central.
Aliado a isso, segundo o secretário, a prefeitura está fechando um contrato na ordem de R$ 4 milhões também para investimento em sinalização, que somados aos R$ 5,5 milhões devem sinalizar praticamente toda a cidade. “Acredito que vai dar para resolver todos os nossos problemas de sinalização para este ano. Isso dá para fechar toda a cidade… Tudo isso está dentro do planejamento”, resume.
EDUCAÇÃO NO TRÂNSITO
Ainda de acordo com Jair, blitzen educativas estão sendo feitas em áreas complexas, como a entrada principal do Km 7, onde muitos condutores não respeitam a faixa de pedestre. Segundo ele, nessas abordagens, que são planejadas, com apoio de outros órgãos, o Departamento Municipal de Trânsito e Transporte Urbano (DMTU) também verifica se o condutor está com a CNH e o IPVA em dia.
Conforme Jair, essas abordagens atuais estão diminuindo os acidentes de trânsito, o que se reflete inclusive na ocupação de leitos por acidentes nos hospitais da cidade. Ele fez questão de frisar que esse trabalho é bem diferente do que ocorria anteriormente, quando os agentes ficavam embaixo de árvores apenas anotando os números de placas de condutores trafegando em situação irregular.
No tocante à faixa de pedestres do Km 7, com semáforo acionado por botoeira, que estaria muito perto de outro semáforo no cruzamento da BR-222 com a VP-8, Jair Guimarães explica que a intenção é sincronizar os semáforos, para evitar o máximo possível os engarrafamentos. “É implantação, estudo e verificação. Se não der certo pode ser retirado”, pondera, acrescentando que a faixa foi colocada ali a perdido de representantes da comunidade.
DNIT
Também contatado pelo jornal, o engenheiro Jairo de Jesus Rabelo, superintendente regional do DNIT em Marabá, falou sobre a parte que compete ao órgão federal por ele gerenciado. Segundo Jairo, quanto à faixa de pedestres nas proximidades do acesso ao bairro Nossa Senhora Aparecida (ocupação Coca-Cola), será revitalizada tão logo passar o período de inverno amazônico da região. “Destacamos que o desgaste prematuro da pintura se dá devido ao tráfego aliado a areia presente naquele segmento da rodovia, onde as vias laterais e adjacentes à rodovia não são asfaltadas”, explica.
Perguntado se o DNIT tem interesse de fazer um túnel por baixo da duplicação da BR-230, com faixas de pedestres nas suas marginais nas Folhas 33 e 32, para melhorar o acesso dos pedestres, que hoje se arriscam pulando a mureta que divide as pistas, Jairo disse que o DNIT não tem, no momento, a programação em projeto para a sua execução.
“A obra de duplicação do segmento de referência, que parte da rotatória (Conhecida como Km 6) à ponte Itacaiúnas, foi realizada pela Prefeitura de Marabá através de convenio com o governo federal”, explicou em E-mail enviado para a reportagem.
SAIBA MAIS
Sobre a polêmica em torno da falta de um viaduto na Folha 33, que permitiria a passagem de pedestres, Jair Guimarães observou que havia a previsão de instalação de mais um viaduto, quando a duplicação da rodovia foi feita. Quando era chefe da PRF em Marabá, ele discutiu essa questão no PMF. Tinha um projeto com viaduto que foi remanejado por conta de um empreendimento que iria ter ali na 33 e por conta desse empreendimento foi retirado o viaduto.