No final da manhã desta segunda-feira (6), a coordenadora geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp), Joyce Rebelo, divulgou um vídeo em que afirma que a categoria está discutindo sobre a jornada de trabalho de 12×36 com a Comissão de Constituição, Justiça e Legislação, na Câmara Municipal de Marabá.
“O projeto para garantir o parecer favorável ainda não foi apresentado. Vamos retornar na próxima quinta-feira, 9m para discutir sobre a jornada de trabalho dos agentes de portaria das escolas”, enfatiza Joyce, ressaltando que essa escala foi implementada pelo governo Tião Miranda no ano de 2017.
De acordo com ela, a Prefeitura de Marabá não garante alimentação necessária para esses trabalhadores. Além disso, as mulheres agentes de portaria ficam sozinhas aos finais de semana, propensas a violência e a criminalidade.
Leia mais:“Contudo, vale dizer que chegou hoje à Câmara Municipal o projeto acerca dos 10% de reajuste dos professores, que é parte do piso de 33,24%. Nós vamos continuar debatendo com o governo e fazendo a negociação para o segundo semestre. Nesta terça-feira, a categoria vai estar presente da CMM para acompanhar a apresentação desse projeto de inclusão de 10% no nosso salário base”, finaliza Joyce.
Sindicatos são notificados
Em relação a decisão do desembargador do Tribunal de Justiça do Pará, Luiz Gonzaga da Costa Neto, que determinou na última sexta-feira (3) que o movimento grevista dos servidores públicos de Marabá seja suspenso e que as atividades retornem imediatamente por ser considerada ilegal e abusiva, Joyce Rebelo afirma que na tarde desta segunda, 6, o sindicato recebeu o mandado de intimação.
Em um texto divulgado nas redes sociais, o Sintepp informa que irá responder judicialmente a ação com base na coerência adotada pela categoria no dia 31 de maio, quando aprovou por maioria dos votos a suspensão da greve.
“Parabenizamos a todos os valorosos companheiros e companheiras que se somaram nessa Greve juntamente com companheiros e companheiras da base sindical do SINTESP E SERVIMMAR. Nossa luta é árdua”, diz um trecho.
O CORREIO DE CARAJÁS entrou em contato com Andrea Bassalo, advogada do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde Pública do Estado do Pará (Sintesp), que informou que o sindicato só tomou ciência da ação judicial nesta segunda-feira, 6. “Estamos analisando a situação”, disse.
Também entramos em contato com Valter Leal, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Marabá (Servimmar). Ele informou que a categoria iria se reunir em uma assembleia geral na noite desta segunda para decidir os próximos passos. Mais tarde, ele informou por mensagem que os servidores decidiram manter o estado de greve e que vão recorrer da decisão judicial. (Da Redação)