A varejista chinesa Shein anunciou nesta quinta-feira (24) a aquisição de um terço em participação do Grupo SPARC. A joint venture de moda, beleza e lifestyle inclui marcas como a fast fashion Forever 21.
Com o acordo, produtos da Forever 21 serão incluídos no portfólio online da Shein, que chega hoje a 150 milhões de usuários no site e aplicativo.
De acordo com nota das empresas, o negócio pretende explorar a expertise da Shein com o e-commerce para dar alcance a produtos das marcas da joint venture. Além da Forever 21, o Grupo SPARC é dono de marcas como Aéropostale, Nautica e Reebok.
Leia mais:Além disso, a união planeja utilizar plataformas complementares — de canais físico e online — para “acelerar a inovação de produtos, explorar estratégias para novos negócios, aprimorar a experiência dos usuários e potencializar a presença das marcas no mercado”. Ou seja: futuramente, produtos da Shein serão vendidos em lojas físicas da Forever 21.
A negociação faz do Grupo SPARC um acionista minoritário da Shein. Os valores da transação não foram divulgados.
Em nota Marc Miller, CEO do Grupo SPARC, afirma que a empresa está “muito feliz” com a parceria, pois a Shein reflete os objetivos em comum de “oferecer moda acessível e de qualidade”. “Trabalhando juntos, teremos a oportunidade de oferecer produtos ainda mais inovadores para os amantes da moda em todo o mundo”, afirma.
Já Donald Tang, presidente executivo da Shein, espera que a aliança ajude a empresa a “impulsionar um crescimento escalável” para “tornar a beleza da moda ainda mais acessível a todos”.
Forever 21 chegou a fechar no Brasil
A Forever 21 passou por um processo de ascensão e queda no Brasil. Em 2014, a inauguração da primeira loja da fast fashion levou 2,5 mil pessoas ao Shopping Morumbi, na zona sul de São Paulo, com filas que começaram a se formar às 6h.
Havia muita expectativa sobre a empresa, que prometia trazer o sistema de peças superbaratas ao Brasil, como fazia nos Estados Unidos e países da Europa. O modelo, porém, funcionou por pouco tempo, já que a empresa não conseguia praticar preços tão baixos por aqui.
Em 2019, com o desgaste do modelo de superlojas fast fashion em todo o mundo, a Forever 21 chegou a entrar com pedido de recuperação judicial para tentar evitar uma falência nos EUA. A empresa recorreu ao “Capítulo 11” da lei americana de falências, que permite manter o controle e posse de seus bens enquanto administra uma reestruturação.
Por fim, em 2022, a empresa fechou todas as lojas físicas que tinha no Brasil, depois de chegar a enfrentar ações de despejo em shoppings por atraso de aluguel.
(Fonte:G1)