Dizendo confiar na qualidade das ações já implementadas em Marabá nos últimos anos na sua área de atuação, a titular da Secretaria de Assistência Social, Proteção e Assuntos Comunitários (SEASPAC), Nadjalucia Oliveira Lima, afirma que o foco este ano deve ser na autonomia das famílias atendidas. Ele quer ver cada vez mais os atendidos pelos programas da rede, retomando suas vidas com menos dependência dos serviços públicos, que é o caminho ideal.
“O nosso maior objetivo agora é acertar nas metodologias de atendimento às famílias, para que elas realmente comecem a caminhar com as próprias pernas e não fiquem tão dependentes”, disse. Ela contou, ainda, que as políticas voltadas à infância e juventude serão priorizadas, com vistas aos crescentes números de trabalho infantil e atos infracionais cometidos por adolescentes.
De acordo com a gestora da pasta, o ano passado foi de muitos avanços. Além da criação de novos programas, houve a manutenção de todos os Centros Regionais de Assistência Social (CRAS), que são quatro em Marabá, e do Centro de Referência de Assistência Social (CREAS) situado na Cidade Nova.
Leia mais:Para Nadjalucia, essa estrutura possibilitou uma otimização das ações desempenhadas pela SEASPAC. Na oportunidade, a gestora ressaltou também a reforma da fachada e da recepção da secretaria, passando a oferecer um ambiente mais confortável para servidores e para a população. Ela conta que o prédio estava sucateado e a reforma fazia parte do pacote de obras destinadas aos espaços da pasta, a exemplo da Casa de Passagem (POP) e do Espaço de Acolhimento Provisório (EAP). “Estava sem condições de uso, nada funcionava. Nós tínhamos priorizado reformar todos os nossos espaços, em especial os de atendimento nas periferias, e assim foi feito. Deixamos a sede por último e ficou maravilhosa”, destacou.
Questionada quanto ao papel dos CRAS, a secretária disse serem eles a porta de entrada para os serviços da assistência social no município. “Os nossos Centros Regionais recebem as demandas de vulnerabilidade social, sendo responsáveis pela organização e oferta dos serviços socioassistenciais. Temos o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV), o de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF), que é o carro-chefe, entre outros. Quando há violação de direitos, como por exemplo, a criança praticou ato infracional, a criança foi abusada sexualmente, o idoso foi espancado, a mulher foi espancada, aí passa a ser função do CREAS”, contou.
Uma área também muito importante é a proteção à pessoa idosa. De acordo com a pesquisa “Características Gerais dos Domicílios e dos Moradores 2018”, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em maio do ano passado, o Brasil tem mais de 28 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, faixa etária que configura o idoso, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Sobre esses dados, Nadjalucia comentou que os avanços no amparo à longevidade foram maiores ainda. “Hoje nós temos um programa de saúde voltado para o idoso, temos serviço de convivência — em que três vezes na semana eles estão nos CRAS sendo atendidos e desenvolvendo atividades —, temos a Praça do Idoso e, nos quatro Centros Regionais, temos serviços voltados diretamente ao idoso, além do acolhimento que acontece lá no CIPIAR (Centro de Integração da Pessoa Idosa)”, relatou. (Vinícius Soares)