Correio de Carajás

RONDA POLÍTICA

O vereador Ray Athie andava empolgadão nesta segunda-feira, 13, alardeando que ganhou quase R$ 40 mil em jogos eletrônicos no último final de semana, apenas apostando em palpites de placar de jogos de futebol.

O ex-ministro do meio ambiente, Ricardo Salles, exonerado em junho deste ano, compartilhou em seu perfil do Instagram um post feito por uma apoiadora do presidente Jair Bolsonaro que cita prováveis nomes de confiança do atual chefe do Executivo Federal para concorrer ao Senado em 2022. Na lista, além do próprio Salles, como eventual candidato por São Paulo, tem o nome da ministra Damares Alves, como candidata pelo Pará.

Essa não é a primeira vez a ministra é apontada como candidata nas próximas eleições – além de Senadora pelo Pará, já foram divulgadas informações de que ela poderia concorrer a algum cargo eletivo por Sergipe ou Tocantins.

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Dois depoimentos importantes vão acontecer na tarde de amanhã, 14, na CPI que investiga as atividades da multinacional Vale no Pará. Foram convocados o gerente executivo do Departamento de Meio Ambiente Corporativo, Bruno Santos Ferraz, e o especialista técnico em Licenciamento Ambiental, Luciano Madeira. Como ainda há muito trabalho pela frente, o prazo de funcionamento da CPI segue até dezembro.

Bruno Ferraz e Luciano Madeira deverão prestar esclarecimentos sobre supostos descumprimentos das condicionantes ambientais, planos socioambientais, ausência de segurança em barragens, e outras questões que impactam diretamente o meio ambiente e as comunidades paraenses cujo entorno é ocupado pelos projetos minerais da Vale.

Experiente com atuação em cinco CPI’s, o deputado Carlos Bordalo, vice-presidente da CPI da Vale, destaca as principais questões que devem nortear os trabalhos: “o que nós queremos é ajustar a produção mineral no que se refere a segurança de barragens, não é possível ter barragens tão inseguras que estão próximas de comunidades. Nós temos que discutir os direitos dos atingidos por barragens e pelos impactos irreversíveis”.

Segundo Bordalo, é preciso tratar sobre a aplicação de royalties da mineração que hoje são extremamente concentrados nos municípios em que se realiza a exploração, mas o impacto desse setor não é apenas no município. “Os sistemas de minerodutos e de transporte ferroviário também devem ser avaliados com base no impacto das comunidades”, ressalta.

Será que Marabá e Parauapebas, por exemplo, vão aceitar essa justificativa?