O CORREIO apurou na noite desta segunda-feira (11) que a greve dos rodoviários realmente será colocada em prática. A categoria já avisou às empresas concessionárias e aguarda o período de 72 horas para iniciar a paralização. Isso aconteceria às 10 horas de hoje, porém eles afirmam que vão iniciar o movimento apenas à meia noite. Na quarta-feira Marabá amanhecerá com número reduzidíssimo de coletivos nas ruas. É mais um capítulo da novela interminável da crise nos transportes públicos da cidade.
Segundo Océlio Souza, da diretoria do Sindicato dos Rodoviários do Sul e Sudeste do Pará (Sintrarsul), o acordo anteriormente firmado entre trabalhadores e as empresas findou no último dia 5 e os empregadores voltaram a atrasar salários. Motoristas e cobradores estariam sem receber dezembro e janeiro, mais os vales alimentação de dezembro a fevereiro. “Até às 18 horas de hoje (ontem), ninguém havia recebido. Só havia os rumores lá dentro de que a empresa estava se preparando para pagar. Caso aconteça nesta terça-feira, ainda podemos voltar atrás”, disse ao CORREIO.
A reunião que deliberou pela greve aconteceu no dia 6, os funcionários das empresas Transportes Coletivos de Anápolis Ltda. (TCA) e Nasson Tur Turismo Ltda deliberaram por realização de nova paralisação.
Leia mais:O caos instaurado no transporte público de Marabá não é novidade para ninguém e, conforme Geraldo Dean Silva, presidente do Sintrarsul, as empresas foram novamente notificadas pelos constantes atrasos salariais.
“A convocação dessa assembleia se deu porque os trabalhadores continuam sufocados por constantes atrasos de pagamento e queremos provocar o Poder Público para chamar a atenção sobre isso”, comentou, acrescentando que foi depositado na conta de uma das empresas do grupo um aporte destinado para verbas trabalhistas. ”A gente solicitou junto ao interventor em Goiânia e liberação deste recurso e aprovamos a deliberação por paralisação para chamar a atenção e para que sejam pagas as verbas mediante este valor que foi depositado”, disse na última semana.
De acordo com ele, além dos trabalhadores, a população de Marabá sofre o impacto. “Temos que dar um basta nisso, não dá pra continuar. Sofre o trabalhador e sofre a população com esse péssimo transporte. A gente também está cobrando junto ao Conselho Municipal de Transporte a viabilização do terminal para suprir a necessidade das empresas e dos trabalhadores”, declarou. (Da Redação)