Correio de Carajás

Robô explorador de oceanos é capaz de procurar cidades perdidas e naufrágios

Construção humanóide mergulhou a 852 metros de profundidade e tem sistema de interatividade que permite que operadores sintam tudo como se estivessem mergulhando; veja outras novidades da semana

O robô mergulhador OceanOneK, da Universidade de Stanford, explora um naufrágio Frederic Osada / Stanford University

O oceano está cheio de mistérios e cercado de histórias lendárias. Durante uma recente excursão a um porto ao luar, a conversa rapidamente se transformou em lendas sobre piratas e exploração.

Um guia compartilhou histórias dos dias em que mastros altos e velas ondulantes pairavam sobre os horizontes costeiros –e personagens intrigantes como o Barba Negra e Barbarossa que navegavam pelos mares.

Não pudemos deixar de nos perguntar sobre os segredos que naufragaram com os navios e artefatos perdidos espalhados pelo fundo do oceano. Mas esses locais estão escondidos nas profundezas das ondas, onde os humanos normalmente não conseguem alcançar.

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No entanto, um explorador está se aventurando em lugares que nenhum humano jamais esteve.

Segredos do oceano
À primeira vista, o OceanOneK parece um mergulhador descendo pelas águas da costa da França.

Pesquisadores da Universidade de Stanford projetaram o robô para ser submerso e explorar aviões, navios, submarinos e talvez até cidades perdidas afundados. E este ano, o robô humanóide atingiu um novo marco quando mergulhou a 852 metros de profundidade.

O robô tem mãos que podem embalar artefatos inestimáveis e trazê-los à superfície e olhos estereoscópicos que capturam em cores o mundo das profundezas.

Mas outro recurso torna o robô ainda mais especial: um sistema de feedback baseado em toque. Essa interatividade permite que seus operadores sintam tudo o que experimentariam como se estivessem mergulhando –desde a resistência da água, até o toque de objetos como vasos e lamparinas de um antigo navio romano.

Robô mergulhador OceanOneK passa por um teste de agarrar um objeto em uma piscina de Stanford / Andrew Brodhead / Stanford News Service

Curiosidades
Arqueólogos descobriram pedaços de madeiras reveladoras que podem ter pertencido a um naufrágio com séculos de idade –um que provavelmente inspirou o clássico cult “Os Goonies”.

Uma equipe de voluntários encontrou mais de 20 pedaços de madeira em uma caverna na costa do Oregon, nos Estados Unidos, em junho. As tábuas pertenciam ao naufrágio de 1693, do Santo Cristo de Burgos.

O galeão espanhol não estava carregado de tesouros, mas o folclore local e o destino misterioso do navio viraram contos ao longo do tempo –o suficiente para inspirar Steven Spielberg quando ele criou seu filme de 1985 sobre adolescentes de Astoria que buscavam tesouros de piratas na costa do Oregon. A descoberta reacendeu o interesse em procurar mais partes do naufrágio.

(Fonte: CNN Brasil)