O Rio Tocantins chegou nesta terça-feira (11) ao patamar de 11,97 metros acima do normal, voltando a registrar subida considerável, após três dias de estabilidade (entre 6 e 8 de janeiro). Com isso, trecho mais baixo da orla já estava tomado por lâmina de água ontem. Alguns poucos carros se arriscavam a passar no local nesta segunda-feira (10). De acordo com o Boletim de Vazões e Níveis da Eletronorte, o rio ultrapassa os 12 metros nesta quarta-feira e estará em 12,13 no dia 13.
Essa projeção leva em conta, sempre, o controle do volume e da vazão na barragem da hidrelétrica de Tucuruí. Na última semana a reportagem do CORREIO destacou que 20 das 23 comportas do reservatório estavam abertas e que até o dia 15 todas elas vão estar livres. Tal providência ajuda a explicar a estabilidade de três dias vivida na semana passada.
As informações, no entanto, são de que continua chovendo muito na calha do rio Tocantins e de seus afluentes nos estados do Maranhão e Tocantins.
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A Prefeitura de Marabá anunciou ontem que as equipes da Defesa Civil Municipal (Comdec) e da Secretaria Municipal de Assistência Social, Proteção e Assuntos Comunitários (Seaspac) concluíram o cadastramento de famílias dos 10 abrigos oficiais da Prefeitura de Marabá. O trabalho foi intensificado na sexta-feira e no sábado (07 e 08).
O objetivo é levantar informações sobre as famílias para entrega do cartão de benefícios, entre outras melhorias.
Técnica da Seaspac, Eliane Araújo acompanha o trabalho com famílias atingidas pelas cheias na cidade e explica que o levantamento das informações nos abrigos é necessário para o controle e garantia da assistência a todas as famílias, tanto com o serviço social, quanto atendimento de saúde.
“Às vezes, as famílias vão para o abrigo e não passam pela Defesa Civil para fazer o cadastro. E também precisamos fazer o levantamento para que a Seaspac faça a entrega dos benefícios, que são doados pelo município, Estado e Governo Federal. Os benefícios são a cesta básica, que é o principal, mas entregamos também os kits de higiene pessoal, de limpeza, de colchão quando é cedido pelo governo. Roupas, doações que a comunidade em geral, órgãos, entidades, sociedade civil, acabam entregando para a Defesa Civil, e, através desse cartão é identificado que a pessoa realmente está no abrigo, que foi cadastrado pela Defesa Civil, pela Seaspac, e entrega o benefício através do cartão”, esclarece Eliane.
De acordo com Karen Bicho, agente de coordenação da Defesa Civil Municipal, entre as finalidades das equipes da Seaspac está o de reconhecer o que precisa melhorar na estrutura, como aumento do número de banheiros químicos, ampliação da quantidade de caixas d’águas, verificar condições de energia, pessoas com problema de saúde, a fim de levar assistência médica. “Estamos aproveitando que o rio está estável para organizar essas questões de logística”, pontua a agente de Defesa Civil.
Atualmente são 1.360 famílias foram atendidas, das quais 337 estão nos abrigos da Prefeitura, 541 estão alojadas em casa de familiares e ainda 147 ilhadas, as quais a Defesa Civil Municipal presta assistência. “Essas pessoas são aquelas que vão para as lajes, o que não é o correto, porque dificulta nossa abordagem, caso precisamos retirar”, explica.
Segundo ainda a Defesa Civil Municipal, cestas básicas serão disponibilizadas para os desabrigados com previsão para 10 dias. Os moradores temporários dos abrigos terão, além das cestas básicas, auxílio saúde, visita do Centro de Controle de Zoonoses e agentes da Secretaria de Meio Ambiente, dedetização com a Vigilância Epidemiológica, entre outras assistências. (Da Redação, com Ascom PMM)