Correio de Carajás

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Novo Repartimento

As famílias dos três homens assassinados dentro da reserva indígena Parakanã sepultaram os mesmos na noite de domingo, após apenas 4 horas de velório, entre a chegada das urnas funerárias e a ida ao cemitério de Novo Repartimento. O funeral não teve aquele último olhar dos pais para os rostos dos filhos. Dado o adiantado estado de putrefação e a dilaceração dos corpos, os caixões permaneceram lacrados o tempo todo. As narrativas feitas às famílias por policiais que participaram da operação de busca e resgate dão conta de que os corpos não apresentavam marcas de tiro ou de perfuração por arma branca. De outro lado, havia muitas marcas de tortura.

Novo Repartimento II

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Mais ainda, as famílias acreditam que Cosmo Ribeiro de Sousa, José Luís da Silva Teixeira e Willian Santos Câmara, encontrados na mesma cova, foram enterrados ainda vivos. Desta forma, por todos os requintes de crueldade, se torna uma ocorrência jamais vista nas relações mais modernas do histórico de violência envolvendo indígenas e comunidade urbana. É preciso, ainda, ponderar que não há qualquer certeza de que os três tenham sido realmente mortos por indígenas.

Federal

As respostas do imenso mistério que envolve essas mortes serão dadas por inquérito da Polícia Federal, que, de início, fez questão de que os exames de necropsia feitos em Marabá fossem os mais minuciosos. Não atoa os três corpos passaram mais de 24 horas no IML, sendo liberados depois das 16 horas de domingo (1º). A resposta das autoridades precisa ser clara e rápida na elucidação, pelo bem das próprias relações da população de Repartimento com o povo Parakanã, agora abalada. O clima é tão tenso, que a Força Nacional permanece na cidade.

Emprego

Pelo menos 83% dos municípios paraenses apresentaram resultado positivo na criação de novas vagas de trabalho nos últimos meses. É o que mostra levantamento feito pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), realizado com base nos dados mensais do novo Sistema do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged). O estudo mostra que, em 120 dos 144 municípios do Pará ocorreu evolução na geração de empregos com carteira assinada. Foram 99.199 novas vagas nas cidades paraenses. Em todo o país, foram geradas mais de 2,5 milhões de empregos formais nos últimos 12 meses.

Endividamento

As parcelas de famílias endividadas (com dívidas em atraso ou não) e inadimplentes (com dívidas e contas em atraso) atingiram os maiores valores em 12 anos, em abril deste ano, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O percentual de endividados chegou a 77,7% em abril, o maior nível desde o início da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência (Peic), da CNC, em janeiro de 2010. Em abril de 2021, as famílias com dívida eram 67,5%. Em março deste ano, eram 77,5%.

Endividamento II

Já o percentual de inadimplentes chegou a 28,6%, o segundo maior nível da pesquisa, ficando abaixo apenas da taxa de janeiro de 2010 (29,1%). Em março deste ano, a parcela era de 27,8%, enquanto em abril de 2021 chegava a 24,2% (4,4 pontos percentuais abaixo do registrado em abril deste ano). As famílias que não terão condições de pagar suas dívidas chegaram a 10,9% em abril deste ano. O cartão de crédito é o principal motivo das dívidas. Entre as famílias endividadas, 88,8% têm dívidas com o cartão.

Maio amarelo

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) iniciou no dia 1º a campanha Maio Amarelo 2022. A ação que tem o objetivo de alertar a sociedade para o alto índice de mortes e feridos no trânsito em todo o mundo. A cor amarela, que sinaliza advertência no semáforo, foi escolhida por simbolizar a atenção necessária para a causa. A iniciativa conta com campanhas educativas em redes sociais e foco na educação para o trânsito durante as fiscalizações nas rodovias federais de todo o Brasil.

Maio amarelo II

De acordo com a PRF, a mobilização busca conscientizar o cidadão de que a responsabilidade ao volante é fator determinante para o número de acidentes que ocorrem todos os dias nas rodovias federais do país. Somente no primeiro trimestre de 2022, foram registrados 14.976 acidentes nas rodovias federais do Brasil, resultando em 17.115 pessoas feridas e 1.283 óbitos. O Movimento Maio Amarelo foi criado em 11 de maio de 2011, quando a Organização das Nações Unidas (ONU) decretou a Década de Ação para Segurança no Trânsito.