Correio de Carajás

Repartimento: Ponte é consertada e trânsito está liberado na BR-230

Depois de quatro dias de bloqueio completo da BR-230 (Transamazônica) próximo à cidade de Novo Repartimento, o tráfego finalmente foi liberado na noite de quinta-feira (8). O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) confirmou ao CORREIO que foram finalizados os reparos na ponte de madeira sobre o rio Pucuruí e a passagem liberada para os veículos pequenos, assim como para ônibus e caminhões.

No último domingo um dos conjuntos de pilares que sustenta a ponte ruiu, logo próximo à cabeceira. No primeiro momento, veículos de passeio ainda se arriscaram a tentar passar no local, mas na segunda-feira (5) isso passou a ficar impraticável, e o Dnit isolou em definitivo o local, assim como iniciou os trabalhos de recuperação.

Como não havia possibilidade de desvio e a rota alternativa mais próxima ficava há quilômetros de distância, fazendo volta via Tucuruí, a grande maioria dos caminhoneiros aguardou com a sua carga na estrada ou retornou para as cidades mais próximas, até que a passagem foi liberada. Os transtornos foram enormes ao longo da semana.

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Mesmo o retorno da ponte de madeira, ainda é símbolo da precariedade da rodovia naquele local, sendo a Transamazônica uma via tão importante de escoamento da produção e de acesso à Amazônia. Uma ponte de concreto que o Governo Federal está construindo logo ao lado tem sua obra marcada pela lentidão e não tem prazo para efetivamente ficar pronta.

Edson Fonseca, motorista profissional, relatou que o atraso na sua viagem com carga de produtos industriais vinda de Brasília é um grande prejuízo. Na visão dele, falta mais atenção com as estradas do Norte do País. “Sempre foi assim. As estradas do país não são as melhores, mas aqui na Amazônia é ainda pior. Falta asfalto em muitos quilômetros das rodovias, e pra muitas delas ainda é assim em ponte de madeira”, relata.

A Transamazônica segue com suas mazelas e parece destinada a sempre representar desafios aos motoristas e aos amazônidas que dela dependem. No local, sobre o Rio Pucuruí, apenas um carro passa por vez em cada sentido na ponte de madeira, que lembra o quão frágil é a via e a sua manutenção. (Patrick Roberto)