Correio de Carajás

Relatório da Abin aponta indícios de irregularidades na fortuna de Luciano Hang, diz jornal

Segundo reportagem da Folha de S. Paulo, objetivo do documento foi alertar Planalto sobre os riscos que a proximidade com o empresário poderia causar ao governo

Foto: Reprodução

RIO — A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) produziu, em julho de 2020,  relatório que indicava problemas e inconsistências na fortuna do empresário bolsonarista Luciano Hang, dono da cadeia de lojas Havan. A informação é do jornal Folha de S. Paulo. Segundo a reportagem, o objetivo do documento era alertar o Palácio do Planalto sobre os riscos que a proximidade de Hang poderia causar ao governo.

O relatório, classificado como “reservado”, foi enviado à Casa Civil, ao Alto-Comando do Exército, à Polícia Federal e já chegou às mãos de um senador da CPI da Covid. O documento foi produzido após reportagem do jornal Valor Econômico, de junho de 2020, que denunciou que o Ministério da Saúde planejava maquiar dados sobre a pandemia do  coronavírus e que um dos responsáveis pela ideia teria sido  o dono da Havan.

Ainda segundo o jornal, o documento sobre Hang é dividido em sete tópicos e narra o início do trabalho como empresário, aos 21 anos, com a compra de uma tecelagem, até as acusações que o levaram a ser investigado no inquérito das Fake News, no Supremo Tribunal Federal.

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Em resposta à reportagem, o departamento jurídico da Havan divulgou nota em que chamou de “fake news” o relatório da Abin, já que “se houvesse qualquer documento, seria sigiloso e, portanto, inacessível pelo UOL”.

Também em nota, a Abin negou ter produzido relatório sobre Hang. (O Globo)