Correio de Carajás

Professores fazem paralisação regional contra perdas de direitos

Os professores da rede estadual e municipal de ensino fizeram hoje, quinta-feira, um dia de paralisação em 18 municípios da região sudeste do Pará como forma de manifestar sua indignação contra decisões que viriam sendo tomada na esfera administrativa de alguns municípios, que estariam retirando direitos da categoria. Em Parauapebas, eles se concentram logo cedo em frente ao prédio da prefeitura, onde montaram uma tenda e serviram um café da manhã para as mulheres da classe, em celebração ao Dia Internacional da Mulher.

Mas o foco deles era tentar se reunir com o governo para discutir a pauta de reivindicação da categoria, como o reajuste salarial e do vale alimentação. Eles também cobram o rateio da verba do precatório que Parauapebas recebeu do antigo Fundef.

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Esse recurso, que era de mais de R$ 85 milhões, o governo, em nota, informou que já gastou com o pagamento de professores e em outros investimentos na área. Mas, no entendimento do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp-Subsede Parauapebas), 60% desse recurso, como preconiza a lei do Fundo de Educação, era para o pagamento dos professores, sendo, nesse caso, rateado entre a classe.

A discussão sobre o assunto promete ainda ser longa. O governo diz que seguiu dentro da legalidade para o uso do recurso e o Sintepp afirma que a aplicação da verba não foi correta.

Na questão salarial, Rosemiro Laredo, coordenador do Sintepp em Parauapebas, explica que este ano a categoria pleiteia um reajuste de 12,04%. Esse percentual é uma soma do reajuste do piso nacional da classe, que foi de 6,81%, mais o índice da inflação de região metropolitana de Belém, que foi de 5,23%.

Ele ressalta que a data base dos educadores é 1º de janeiro e, nesse caso, o valor reajustado nos vencimentos terá que ser retroativo. Os servidores da rede municipal também querem um reajuste de R$ 150,00 no vale alimentação, que hoje é de R$ 600,00. Com isso, o valor subiria para R$ 750,00. “São valores que achamos justos, diante das perdas que estamos tendo por conta da inflação”, ressalta Rosemiro.

Ele detalha que a categoria vai seguir mobilizada e lutando pelos seus direitos. O sindicalista frisa que vários governos municipais iniciaram uma política de retirada de direitos dos professores, citando como exemplos os municípios de Marabá, São João do Araguaia, Curionópolis, Canaã dos Carajás, Dom Eliseu e São Geraldo do Araguaia. Algumas dessas mudanças, que afetariam o direito dos professores, estariam sendo feitas através de decreto.

Na esfera estadual, observa Rosemiro, a realidade não seria diferente, com o governo mantendo uma política de congelamento de salários. Segundo ele, desde 2011 que a categoria vem tendo perdas salariais e desde 2015 que não recebem um reajuste do Estado. “São vários pontos que estamos discutindo, na defesa dos nossos direitos, que foram conquistados com muita luta e que agora os governos querem retirar”, destaca o sindicalista.

“Aqui em Parauapebas e em outros municípios estaremos mobilizados e não vamos deixar que nossos direitos sejam retirados”, garante, observando que no caso de Parauapebas, eles primeiro vão tentar diálogo com o governo.

Caso não haja avanço nas negociações, eles irão realizar nova assembleia para deliberar ou não por nova greve. Em nota, o governo municipal, através da Secretaria Municipal de Educação (Semed), diz que está sempre aberto ao diálogo com todas as categorias e que busca assegurar os serviços essenciais oferecidos à população e o direito dos trabalhadores. Confira:

“A Secretaria Municipal de Educação (Semed) da Prefeitura de Parauapebas informa que está acompanhando a paralisação dos educadores ocorrida nesta quinta–feira, 8, e esclarece que:

1 – Trata-se de uma paralisação regional, a qual 18 municípios da região sudeste do Pará aderiram;

2 – Nas escolas do município em que a maioria dos educadores optou por suspender suas atividades, os alunos e pais ou responsáveis por alunos foram devidamente informados;

3 – O governo municipal enfatiza que está sempre aberto ao diálogo com todas as categorias e que busca assegurar os serviços essenciais oferecidos à população e o direito dos trabalhadores. (Tina Santos)

Os professores da rede estadual e municipal de ensino fizeram hoje, quinta-feira, um dia de paralisação em 18 municípios da região sudeste do Pará como forma de manifestar sua indignação contra decisões que viriam sendo tomada na esfera administrativa de alguns municípios, que estariam retirando direitos da categoria. Em Parauapebas, eles se concentram logo cedo em frente ao prédio da prefeitura, onde montaram uma tenda e serviram um café da manhã para as mulheres da classe, em celebração ao Dia Internacional da Mulher.

Mas o foco deles era tentar se reunir com o governo para discutir a pauta de reivindicação da categoria, como o reajuste salarial e do vale alimentação. Eles também cobram o rateio da verba do precatório que Parauapebas recebeu do antigo Fundef.

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Esse recurso, que era de mais de R$ 85 milhões, o governo, em nota, informou que já gastou com o pagamento de professores e em outros investimentos na área. Mas, no entendimento do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp-Subsede Parauapebas), 60% desse recurso, como preconiza a lei do Fundo de Educação, era para o pagamento dos professores, sendo, nesse caso, rateado entre a classe.

A discussão sobre o assunto promete ainda ser longa. O governo diz que seguiu dentro da legalidade para o uso do recurso e o Sintepp afirma que a aplicação da verba não foi correta.

Na questão salarial, Rosemiro Laredo, coordenador do Sintepp em Parauapebas, explica que este ano a categoria pleiteia um reajuste de 12,04%. Esse percentual é uma soma do reajuste do piso nacional da classe, que foi de 6,81%, mais o índice da inflação de região metropolitana de Belém, que foi de 5,23%.

Ele ressalta que a data base dos educadores é 1º de janeiro e, nesse caso, o valor reajustado nos vencimentos terá que ser retroativo. Os servidores da rede municipal também querem um reajuste de R$ 150,00 no vale alimentação, que hoje é de R$ 600,00. Com isso, o valor subiria para R$ 750,00. “São valores que achamos justos, diante das perdas que estamos tendo por conta da inflação”, ressalta Rosemiro.

Ele detalha que a categoria vai seguir mobilizada e lutando pelos seus direitos. O sindicalista frisa que vários governos municipais iniciaram uma política de retirada de direitos dos professores, citando como exemplos os municípios de Marabá, São João do Araguaia, Curionópolis, Canaã dos Carajás, Dom Eliseu e São Geraldo do Araguaia. Algumas dessas mudanças, que afetariam o direito dos professores, estariam sendo feitas através de decreto.

Na esfera estadual, observa Rosemiro, a realidade não seria diferente, com o governo mantendo uma política de congelamento de salários. Segundo ele, desde 2011 que a categoria vem tendo perdas salariais e desde 2015 que não recebem um reajuste do Estado. “São vários pontos que estamos discutindo, na defesa dos nossos direitos, que foram conquistados com muita luta e que agora os governos querem retirar”, destaca o sindicalista.

“Aqui em Parauapebas e em outros municípios estaremos mobilizados e não vamos deixar que nossos direitos sejam retirados”, garante, observando que no caso de Parauapebas, eles primeiro vão tentar diálogo com o governo.

Caso não haja avanço nas negociações, eles irão realizar nova assembleia para deliberar ou não por nova greve. Em nota, o governo municipal, através da Secretaria Municipal de Educação (Semed), diz que está sempre aberto ao diálogo com todas as categorias e que busca assegurar os serviços essenciais oferecidos à população e o direito dos trabalhadores. Confira:

“A Secretaria Municipal de Educação (Semed) da Prefeitura de Parauapebas informa que está acompanhando a paralisação dos educadores ocorrida nesta quinta–feira, 8, e esclarece que:

1 – Trata-se de uma paralisação regional, a qual 18 municípios da região sudeste do Pará aderiram;

2 – Nas escolas do município em que a maioria dos educadores optou por suspender suas atividades, os alunos e pais ou responsáveis por alunos foram devidamente informados;

3 – O governo municipal enfatiza que está sempre aberto ao diálogo com todas as categorias e que busca assegurar os serviços essenciais oferecidos à população e o direito dos trabalhadores. (Tina Santos)