Correio de Carajás

Professores aposentados não recebem retroativo e Ipasemar cobra Prefeitura

Professores da educação municipal foram até o Ipasemar protestar / Foto: Evangelista Rocha

Na manhã desta segunda-feira (8), os professores da rede municipal de educação de Marabá voltaram a reivindicar o pagamento do retroativo do piso salarial e o enquadramento nos salários. Nessa terceira vez, na sede do Ipasemar (Instituto de Previdência Social dos Servidores Públicos do Município de Marabá). A questão agora é que nem mesmo os servidores aposentados receberam o retroativo do piso salarial.

Com uma faixa com o pedido “Prefeito, exigimos o pagamento retroativo e o reajuste de 2020 dos aposentados” e um carro de som com músicas cobrando os direitos, o grupo se reuniu à frente do Instituto e cobrava explicações para o depósito pela metade do retroativo dos professores e o não pagamento do retroativo dos aposentados.

A diretora da Subsede de Marabá do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp), Joyce Cordeiro Rebelo, informou que a categoria se reuniu com a presidente do Ipasemar, Nilvana Monteiro Sampaio Ximenes, para tratar do assunto.

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“Reforçamos que não vamos parar com a nossa luta, pois o Ipasemar deve ser reunir com a Secretaria Municipal de Educação (Semed) e o prefeito Tião Miranda, para que ele autorize o pagamento dos aposentados. Quem começou essa política de ‘poupança’ foi ele [Tião] e isso está saindo como um prejuízo para nós”, alegou Joyce ao usar o microfone do carro de som.

A diretora do Sintepp ainda convocou os aposentados para uma nova manifestação na quinta-feira (11), com a finalidade de cobrar os pagamentos não realizados. “Em abril já vem o desconto dos 14% e isso vai gerar uma perda de 3% no salário, sem o reajuste. A Prefeitura possui dinheiro na conta para fazer o pagamento e precisa quitar essa dívida com os educadores”, cobrou Joyce.

Domingas Ximenes reforça que professores não são baderneiros e querem apenas seus direitos / Foto: Evangelista Rocha

A professora Domingas Ximenes posicionou que a manifestação não é em vão e que a luta é por direitos garantidos em lei. “Queremos que o prefeito se sensibilize, porque ele é um ser humano como nós que um dia irá se aposentar. Até o Ipasemar quer entender o que está acontecendo, por que que esse pagamento não foi realizado”, completou.

A presidente do Instituto, Nilvana Sampaio, encaminhou um ofício para a secretária Municipal de Educação, Marilza Leite, cobrando informações sobre como se deu o complemento do piso de 2020; por que não foi realizada a dedução de contribuição previdenciária; como se deu o cálculo; qual o percentual usado; e se houve alteração do piso salarial após o pagamento do complemento.

A Semed terá um prazo de cinco dias para responder aos questionamentos do Ipasemar para que a autarquia municipal possa adotar as medidas cabíveis.

O Portal Correio solicitou um posicionamento da Prefeitura Municipal sobre a manifestação, que respondeu com a seguinte nota:

“A Secretaria de Educação, juntamente com o Conselho do Fundeb, está verificando a situação caso a caso e em breve deve apresentar o plano para pagamento desta segunda parcela do retroativo em uma reunião conjunta com o sindicato. A secretaria informa que os salários de janeiro já foram pagos, incluindo um sexto de férias para a classe dos educadores no valor de 1,5 milhão de reais”. (Zeus Bandeira e Evangelista Rocha)