Correio de Carajás

Prima de vítima de homicídio cobra respeito para as mulheres

Em apenas 48 horas foram registrados quatro assassinatos de mulheres na região de Marabá. Uma das vítimas é Francisca Cunha Morgado, de 53 anos, cujo corpo foi encontrado caído no quintal da casa dela, em Morada Nova, na noite da última segunda-feira (11). Francisca estava sem parte das vestes e com ferimentos causados por golpes na cabeça.

Ontem, quarta-feira (13), moradores do bairro em que ela morava e foi assassinada realizaram um protesto durante o cortejo, pedindo paz e justiça para o caso. A prima da vítima, Geuza Morgado, destacou as mortes das mulheres e pediu posicionamento das autoridades sobre a questão, além de destacar que a sociedade precisa se mobilizar para compreender e solucionar o que está ocorrendo.

“A dor é tão grande, é tanta barbárie, que nem conseguimos entender o que está acontecendo”, relata. Em relação ao assassinato de Francisca Morgado, Geuza diz que a família quer que seja feita justiça. “Nós queremos justiça sobre este caso. As autoridades têm que tomar providências o mais rápido possível. Estamos saturados, já chegamos ao nosso limite. Queremos Justiça”, reafirma Geuza.

Leia mais:

Ainda de acordo com ela, muitas mortes e outros atos violentos contra as mulheres ocorrem porque a mulher, em geral, não é respeitada. Ela adverte que a mulher precisa ser respeitada, independente de morar só ou com um companheiro. “Se a mulher está sozinha ela tem que ser mais respeitada ainda. Não é porque uma mulher está sozinha que ela tem que ser agredida nos seus direitos”, alinhavou Geuza Morgado.

Segundo a prima da vítima, o protesto na manhã ontem foi um recado para o restante da sociedade e para as autoridades de que a situação está insustentável. “Aproveitando esse momento de dor de todos os amigos e familiares, protestamos para dizer que não admitimos esse tipo de violência e dizer um basta à violência, porque não queremos mais viver num estado de violência, de feminicídio”, explica.

Sulamita Morgado, também parente da vítima, afirmou que Francisca era uma mulher fisicamente forte e muito corajosa, acrescentando que ela deve ter lutado contra os criminosos a julgar pela cena do crime, já que a casa ficou bastante revirada. “Nós estamos sofrendo violência aqui não é de hoje”, resume, acrescentando que muitos moradores de Morada Nova estão abandonando suas casas, temendo os arrombadores e assaltantes.

Por outro lado, Elias Morgado, irmão de Francisca, se disse estarrecido com o que aconteceu, pois a irmã era uma pessoa digna e trabalhadora e morava havia mais de 18 anos em Morada Nova. “Temos que cobrar a apuração desse crime para que não aconteça com outras pessoas também”, afirma.

Na noite do crime, Marcos Antonio Morgado Cunha, filho da mulher, saiu de casa e passou uma hora fora. Quando voltou, encontrou o corpo da mãe e chamou a polícia para comunicar o crime. O rapaz não sabe dizer o que pode ter motivado o assassinato, mas nada foi roubado da casa, segundo ele.

Carlos Augusto Ferreira Morgado, pai da vítima, diz acreditar que ela foi atacada no momento em que conversava com ele por telefone, pois durante a conversa ouviu um barulho e a ligação caiu. Logo em seguida, tentou ligar de novo, mas a chamada já foi direcionada para a caixa postal.

Ainda segundo Carlos, Francisca Morgado queria ir embora daquela casa porque não se sentia segura após um assalto violento sofrido três anos antes. Recentemente ela havia detectado vestígios de tentativa de arrombamento da casa.

Em relação ao assassinato de Francisca Morgado, em Morada Nova, segundo a Polícia Militar, que atendeu a ocorrência, não foi possível identificar as circunstâncias do crime, tampouco quem golpeou a mulher. O corpo da vítima foi removido do imóvel, localizado na Rua Centro Norte, para o Instituto Médico Legal (IML) de Marabá e o caso registrado junto ao Departamento de Homicídios da Polícia Civil, que o está investigando

Além de Francisca Morgado, duas mulheres foram mortas na madrugada de terça-feira (12). Ruthlene Albuquerque Paiva, de 25 anos, e Maria de Nazaré Pinto, de 52 anos, foram executadas a tiros dentro de uma residência na Folha 28, Nova Marabá. Na manhã de segunda-feira, em São Domingos do Araguaia, Elaine Nascimento, de 35 anos, foi executada com um tiro no rosto. Seis meses antes o marido dela também foi assassinado. (Chagas Filho com informações de Josseli Carvalho)

 

 

 

Em apenas 48 horas foram registrados quatro assassinatos de mulheres na região de Marabá. Uma das vítimas é Francisca Cunha Morgado, de 53 anos, cujo corpo foi encontrado caído no quintal da casa dela, em Morada Nova, na noite da última segunda-feira (11). Francisca estava sem parte das vestes e com ferimentos causados por golpes na cabeça.

Ontem, quarta-feira (13), moradores do bairro em que ela morava e foi assassinada realizaram um protesto durante o cortejo, pedindo paz e justiça para o caso. A prima da vítima, Geuza Morgado, destacou as mortes das mulheres e pediu posicionamento das autoridades sobre a questão, além de destacar que a sociedade precisa se mobilizar para compreender e solucionar o que está ocorrendo.

“A dor é tão grande, é tanta barbárie, que nem conseguimos entender o que está acontecendo”, relata. Em relação ao assassinato de Francisca Morgado, Geuza diz que a família quer que seja feita justiça. “Nós queremos justiça sobre este caso. As autoridades têm que tomar providências o mais rápido possível. Estamos saturados, já chegamos ao nosso limite. Queremos Justiça”, reafirma Geuza.

Ainda de acordo com ela, muitas mortes e outros atos violentos contra as mulheres ocorrem porque a mulher, em geral, não é respeitada. Ela adverte que a mulher precisa ser respeitada, independente de morar só ou com um companheiro. “Se a mulher está sozinha ela tem que ser mais respeitada ainda. Não é porque uma mulher está sozinha que ela tem que ser agredida nos seus direitos”, alinhavou Geuza Morgado.

Segundo a prima da vítima, o protesto na manhã ontem foi um recado para o restante da sociedade e para as autoridades de que a situação está insustentável. “Aproveitando esse momento de dor de todos os amigos e familiares, protestamos para dizer que não admitimos esse tipo de violência e dizer um basta à violência, porque não queremos mais viver num estado de violência, de feminicídio”, explica.

Sulamita Morgado, também parente da vítima, afirmou que Francisca era uma mulher fisicamente forte e muito corajosa, acrescentando que ela deve ter lutado contra os criminosos a julgar pela cena do crime, já que a casa ficou bastante revirada. “Nós estamos sofrendo violência aqui não é de hoje”, resume, acrescentando que muitos moradores de Morada Nova estão abandonando suas casas, temendo os arrombadores e assaltantes.

Por outro lado, Elias Morgado, irmão de Francisca, se disse estarrecido com o que aconteceu, pois a irmã era uma pessoa digna e trabalhadora e morava havia mais de 18 anos em Morada Nova. “Temos que cobrar a apuração desse crime para que não aconteça com outras pessoas também”, afirma.

Na noite do crime, Marcos Antonio Morgado Cunha, filho da mulher, saiu de casa e passou uma hora fora. Quando voltou, encontrou o corpo da mãe e chamou a polícia para comunicar o crime. O rapaz não sabe dizer o que pode ter motivado o assassinato, mas nada foi roubado da casa, segundo ele.

Carlos Augusto Ferreira Morgado, pai da vítima, diz acreditar que ela foi atacada no momento em que conversava com ele por telefone, pois durante a conversa ouviu um barulho e a ligação caiu. Logo em seguida, tentou ligar de novo, mas a chamada já foi direcionada para a caixa postal.

Ainda segundo Carlos, Francisca Morgado queria ir embora daquela casa porque não se sentia segura após um assalto violento sofrido três anos antes. Recentemente ela havia detectado vestígios de tentativa de arrombamento da casa.

Em relação ao assassinato de Francisca Morgado, em Morada Nova, segundo a Polícia Militar, que atendeu a ocorrência, não foi possível identificar as circunstâncias do crime, tampouco quem golpeou a mulher. O corpo da vítima foi removido do imóvel, localizado na Rua Centro Norte, para o Instituto Médico Legal (IML) de Marabá e o caso registrado junto ao Departamento de Homicídios da Polícia Civil, que o está investigando

Além de Francisca Morgado, duas mulheres foram mortas na madrugada de terça-feira (12). Ruthlene Albuquerque Paiva, de 25 anos, e Maria de Nazaré Pinto, de 52 anos, foram executadas a tiros dentro de uma residência na Folha 28, Nova Marabá. Na manhã de segunda-feira, em São Domingos do Araguaia, Elaine Nascimento, de 35 anos, foi executada com um tiro no rosto. Seis meses antes o marido dela também foi assassinado. (Chagas Filho com informações de Josseli Carvalho)