Esta semana, a Polícia Civil do Pará tomou conhecimento de uma prisão ocorrida na cidade de Itajaí, no Estado de Santa Catarina. O alvo foi um dos homens envolvidos em um crime de homicídio por motivo torpe, ocorrido no município de Marabá. Ele já era investigado pelo Departamento de Homicídios da Polícia Civil. Além desse preso em SC, no dia 10 do mês passado, outro envolvido no crime foi preso em Parauapebas. Com isso, o caso está praticamente solucionado. A vítima do brutal assassinato é Paulo Marcelino de Almeida, o Paulinho.
Ele seu carro abordado por criminosos e sob grave ameaça e violência foi obrigado a realizar transferências e saques bancários. Depois dois pistoleiros levaram o filho de Paulinho para a escola e em seguida foram embora com ele. A cena foi toda filmada por câmeras de segurança. Isso ocorreu no dia 8 de março deste ano. O fim da empreitada criminosa culminou com a morte de Paulinho, que teve seu cadáver ocultado e o carro subtraído.
Após o registro do boletim de ocorrência, no dia 9 de março, a polícia iniciou as apurações para elucidar o caso e no dia seguinte o corpo da vítima foi encontrado na Estrada do Rio Preto, em Marabá. Três dias depois ele foi reconhecido pelos familiares. Segundo as investigações, todos os crimes foram planejados e executados por motivo torpe.
Leia mais:Já no dia 10 de junho, um dos envolvidos no crime foi preso, mediante mandado de prisão, a partir das investigações. Atualmente o mesmo se encontra na Cadeia Pública de Parauapebas, município onde se encontrava foragido anteriormente.
E no dia 30 de junho, a Delegacia de Homicídios de Marabá, foi notificada sobre a prisão do segundo homem envolvido no crime, que foi pego em flagrante por outros atos ilegais, além de já possuir um mandado de prisão preventiva em seu desfavor, no estado de Santa Catarina.
Agora este se encontra no Complexo Prisional de Itajaí. As investigações sobre o caso continuam para a conclusão do inquérito policial.
Na tarde desta sexta-feira (2), a reportagem deste CORREIO entrou em contato com o delegado Toni Rinaldo Rodrigues de Vargas, responsável pelas investigações sobre o crime. Mas ele não deu maiores informações, até porque o delegado ainda pretende ouvir os dois presos.
Perguntado sobre qual é a motivação do crime, delegado Toni Vargas disse que se trata de vingança, mas não informou especificamente o motivou essa vingança.
Questionado a respeito do papel de cada um dos presos neste caso, o policial disse que isso ainda está sob sigilo.
Indagado sobre a possibilidade de novas prisões, o delegado foi mais lacônico ainda: “Não se descarta”. De fato, não se descarta, pois os dois criminosos, que teriam vindo do Estado do Tocantins, contavam com apoio de outra pessoa aqui em Marabá, segundo informou a polícia na época do crime.
Criança relatou agressões
Os dois indivíduos invadiram a residência da vítima, no bairro Novo Horizonte (Núcleo Cidade Nova), que estava na companhia apenas de seu filho de 3 anos. Segundo relatado feito pela própria criança, em escuta especializada com a psicóloga do Parapaz, informou que seu pai foi agredido por esses indivíduos que a todo tempo diziam que iriam matá-lo, bem como exibiam armas de fogo. Em seguida, os algozes deixaram a criança na escola por volta das 14h20 e tomaram rumo ignorado, levando a vítima Paulinho como refém.
O corpo
O cadáver de Paulinho estava na estrada do Rio Preto, aproximadamente a 1 km da pista BR-230 (Transamazônica), na altura do Km 9 da dita estrada federal. De acordo com as primeiras informações, o corpo estava em uma espécie de vala e aparentava duas perfurações na região do tórax. A guarnição do Posto Policial Destacado (PPD) da Polícia Militar de Brejo do Meio fez a segurança do local até a chegada do Instituto Médico Legal (IML) para o levantamento cadavérico e a remoção do corpo até Marabá.
SAIBA MAIS
De forma indireta, o delegado Toni Vargas observa que a prisão dos dois acusados é uma resposta do Departamento de Homicídios a críticas que foram feitas em redes sociais, de que essa delegacia especializada não tem conseguido elucidar os casos.
Como ocorreram as prisões dos suspeitos
Como de costume, o Departamento de Homicídios fornece apenas as iniciais dos presos. Assim sendo, no dia 30 do mês passado, a delegacia especializada teve conhecimento prisão de J. P L. T. por ocasião de prisão em flagrante por associação criminosa, falsa identidade e Falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais além do cumprimento de mandado de Prisão Preventiva pela Policia Civil/SC após a apresentação pela Polícia Militar daquele Estado em ocorrência na cidade de Itajaí/SC.
O mandado de prisão preventiva foi resultado de investigação realizada pelo Departamento de Homicídios da Polícia Civil em Marabá.
Antes disso, no dia 10, P. G. R. S. foi preso por ocasião de cumprimento de mandado de Prisão Preventiva pela equipe da 20ª Seccional de Polícia Civil de Parauapebas, em virtude do resultado de investigação também da delegacia de Toni Vargas.
(Chagas Filho)