O Centro de Recuperação Regional (CRR) de Altamira recebeu nesta segunda-feira (5) os primeiros quatro agentes penitenciários empossados no sábado (3), após o massacre que deixou 58 pessoas mortas na última segunda-feira (29). De acordo com a Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe), ao todo, o CRR de Altamira receberá 18 agentes, sendo 16 homens e duas mulheres.
O governo do Pará empossou 485 agentes penitenciários chamados do último concurso público. Os novos agentes empossados iniciam o trabalho na segunda-feira (5) e serão alocados em unidades prisionais nas regiões metropolitana da capital, Carajás, Guamá, Xingu e Baixo Amazonas. Eles serão comandados pela Polícia Militar, durante período de treinamento, e pela Força Tarefa de Intervenção Penitenciária (FTIP), que estão no estado.
Reconhecimento de corpos
O Instituto Médico Legal (IML) do município continua no processo de identificação dos corpos. Segundo o IML, cinco famílias ainda não compareceram no instituto para realizar a coleta do material genético para a identificação por DNA dos 30 corpos carbonizados durante o incêndio em um dos pavilhões do presídio, que matou 42 pessoas asfixiadas. O IML já identificou 28 e liberou 27 corpos para familiares das vítimas.
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Um confronto entre facções criminosas dentro do presídio de Altamira causou a morte de 58 detentos. Na segunda-feira (29), líderes do Comando Classe A (CCA) incendiaram a cela onde estavam internos do Comando Vermelho (CV). De acordo com a Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe), 41 morreram asfixiados e 16 foram decapitados. Na terça, mais um corpo foi encontrado carbonizado nos escombros do prédio.
Após as mortes, o governo do estado determinou a transferência imediata de dez presos para o regime federal. Outros 36 seriam redistribuídos pelos presídios paraenses.
Outros quatro presos morreram foram mortos durante o transporte para Belém. Com isso, o número de mortos chegou a 62.
Um relatório do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) considera o presídio de Altamira como superlotado e em péssimas condições. No dia do massacre, havia 308 custodiados no regime fechado. De acordo com a Susipe, a capacidade máxima da unidade é de 208 internos.
(Fonte:G1)