Correio de Carajás

Presidente da Azul critica plano de dividir Avianca Brasil

O presidente da companhia área Azul, John Rodgerson, criticou nesta quinta-feira (4), em entrevista à GloboNews, a proposta de dividir em sete partes a Avianca Brasil, que está em processo de recuperação judicial.

A proposta tem apoio da Latam e da Gol, que anunciaram na véspera ter concordado em fazer uma oferta, cada uma, por pelo menos uma dessas sete fatias da empresa, chamadas de Unidade Produtiva Isolada, que seriam vendidas em leilão.

“Eu não sei como você pode ter sete divisões com aeronaves, pessoal. Isso é um plano para fechar a empresa em vez de resgatar uma empresa. É um fundo que está com essa ideia para tentar achar mais dinheiro, mas não vai dar certo na minha opinião”, afirmou Rodgerson.

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Com as propostas, ambas companhias devem entrar na disputa pelos ativos da área junto com a Azul que, até então, tinha sido a única a manifestar interesse nos ativos da Avianca Brasil: em março, a Azul já fez uma proposta para comprar parte das operações da aérea por US$ 105 milhões – o equivalente a R$ 400 milhões.

Questionado se esse modelo de dividir os ativos em sete partes interessa à Azul, Rodgerson disse acreditar que não.

A Avianca, quarta maior companhia aérea do país, está em recuperação judicial desde dezembro do ano passado. A companhia acumula anos de crescentes prejuízos e atrasos em pagamentos de arrendamentos de aeronaves.

A aquisição de ativos da Avianca Brasil permitiria à Azul ampliar sua presença em Congonhas, considerado o ‘filé mignon’ dos aeroportos brasileiros.

Segundo Rodgerson, a proposta de divisão da Avianca Brasil seria uma tentativa da concorrência de evitar essa maior participação da Azul no aeroporto da capital paulista.

“O que eu diria é o seguinte: nós estamos tentando entrar em Congonhas (na operação da ponte área) há muitos anos. O que eu diria é que (essa oferta) é o que eles fazem para tentar evitar a Azul entrar em Congonhas. Não sei do que eles têm medo, se é do nosso produto, do nosso pessoal, da nossa pontualidade, mas é parte do jogo. A gente queria ter essa força, mas a gente tem agora que parar e olhar. Eu acho que a Anac tem sido bem clara que não pode vender os slots , a gente está com um pé atrás agora”, disse o executivo. (Fonte:G1)