Correio de Carajás

Prefeitura prevê gastar até R$ 6 milhões com terceirização no HMM

Está em andamento o processo licitatório para contratação de uma empresa para oferecer serviços médicos no Pronto Socorro do Hospital Municipal de Marabá, que vive um drama por falta de médicos há alguns meses. A saída, segundo o prefeito Tião Miranda, será terceirizar o serviço para uma empresa privada.

Na última semana, um grupo de vereadores esteve no HMM e constatou o sofrimento de muitos pacientes, conversaram com familiares e de lá foram direto para o gabinete do prefeito cobrar uma solução para o problema.

Miranda reconheceu as deficiências do HMM e disse que Marabá vem sofrendo muito com a questão de pacientes de outros municípios e que aquela casa de saúde está sempre de portas abertas para atender todos que a procuram.

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Contudo, o prefeito frisou que realmente existe um déficit atual de médicos em Marabá e que a PMM, mas que crê que a licitação vai ajudar a terceirizar os plantões, visto que o valor que é pago atualmente sintetiza a principal reclamação dos médicos na cidade. Tião informou que em, no máximo 60 dias, todo o processo estará concluso e que assim pretende melhorar a falta desses profissionais.

O credenciamento das empresas interessadas na licitação começou segunda (26) e vai até o próximo dia 4 de agosto. A Prefeitura de Marabá está oferecendo R$ 6,377 milhões pela prestação de serviços.

A contratação da prestadora de serviços foi endossada pelo Conselho Municipal de Saúde de Marabá, que, entretanto, condicionou a seleção a uma reavaliação após seis meses de vigência do contrato e comprometimento da gestão municipal em discutir com os trabalhadores da saúde a política salarial da categoria, entre outras reivindicações.

A prefeitura fez cotação junto a quatro diferentes prestadores de serviços para chegar ao valor médio mensal ofertado no processo. A empresa Unidos Serviços Médicos cobrou R$ 507 mil, enquanto a Gestamed declarou que pega a empreitada por R$ 521 mil. Já a empresa Madre Tereza faz o serviço por R$ 537 mil. Por seu turno, a empresa Luminus cobra cerca de R$ 560 mil. A diferença de preço entre os prestadores de serviços pode chegar a 10,5%. A soma das cotações dividida por quatro chega a R$ 531.395,85, que é o preço médio orçado para o credenciamento.

De fato, o HMM é o maior hospital de portas abertas da região. Mas a fuga de médicos de Marabá para outros municípios da região tem a ver com o valor do plantão pago, que a classe considera muito baixo, quando comparado com Parauapebas e Canaã dos Carajás, por exemplo. Com isso, eles acabam, mesmo morando aqui, preferindo dar plantão nos municípios vizinhos.