Correio de Carajás

Preço da gasolina no Brasil se iguala ao internacional

Combustível teve redução de quase 5% nas refinarias desde quarta-feira. Relatório divulgado pela Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) mostra ainda que o litro do diesel está custando R$ 0,13 a mais no mercado interno.

Foto: Free Pik

Os preços da gasolina no Brasil se igualaram aos do mercado internacional após a redução de 5% anunciada pela Petrobras na terça-feira. Segundo relatório divulgado nesta quinta-feira (21) pela Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), a diferença é de apenas R$ 0,01 por litro do combustível.

Na data da redução, a gasolina no mercado brasileiro estava R$ 0,30 mais cara que no exterior.

O litro do diesel A (sem adição de biodiesel) continua custando, em média, R$ 0,13 a mais no mercado interno que o produto importado. Na terça, a Petrobras não reajustou o preço do combustível.

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Reajuste

 

A Petrobras informou na terça-feira (19) que iria reduzir o preço da gasolina vendida às distribuidoras a partir de quarta (20). O valor do litro passou de R$ 4,06 para R$ 3,86 por litro. Os preços cobrados nos demais combustíveis foram serão alterados.

A redução do preço da gasolina foi de R$ 0,20 por litro, ou -4,93%, a primeira queda desde dezembro.

O valor volta a ser o mesmo de maio deste ano. No último ajuste, anunciado pela Petrobras em junho, o preço médio de venda de gasolina havia subido de R$ 3,86 para R$ 4,06 por litro (alta de 5,18%).

Preços na bomba

 

Os preços de venda de combustíveis às refinarias pela Petrobras são um dos fatores de composição do preço final dos combustíveis, junto com impostos e fatia de distribuidoras e revendedores.

A Petrobras afirma que, considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 2,96, em média, para R$ 2,81 a cada litro vendido na bomba.

Quem apura o valor na bomba é o levantamento semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Por lá, a gasolina teve queda nas últimas três semanas, por conta da limitação do ICMS aprovada pelo Congresso Nacional. A proposta teve origem na Câmara, onde foi aprovada com o objetivo de reduzir os preços, principalmente, dos combustíveis e da conta de luz em ano eleitoral.

A medida fez o preço médio da gasolina passar de R$ 7,39 para R$ 6,07. A redução nas refinarias deve empurrar o valor ainda mais para baixo.

A Petrobras ainda se vale da redução dos preços do petróleo Brent desde fevereiro, que chegaram perto dos US$ 140 no estouro da guerra na Ucrânia e hoje giram em torno dos US$ 100.

Segundo a petroleira, a redução “acompanha a evolução dos preços internacionais de referência, que se estabilizaram em patamar inferior para a gasolina, e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado global, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”.

Desde que foi instaurada a política de paridade de preços internacionais (PPI), em 2016, a Petrobras tenta parear o preço da gasolina na refinaria com o preço internacional. Ou seja, os reajustes são resultado das oscilações dos preços do petróleo e do câmbio.

Mas, mesmo com redução dos preços das commodities, o câmbio não aliviou. No fim de maio, o dólar comercial estava cotado na casa dos R$ 4,70. Hoje, opera próximo aos R$ 5,40.

(Fonte:G1)