Escritores e poetas de Marabá se preparam para receber a partir desta sexta-feira (27) o Salão do Livro da Região Sul e Sudeste do Pará. O evento integra a 22ª Feira Pan-Amazônica do Livro e acontece no Carajás Centro de Convenções “Leonildo Borges Rocha” até o dia 6 de maio. Embora a iniciativa seja importante para o fomento da cultura, ela não satisfaz por completo a classe literária regional, como bem evidencia o escritor marabaense Airton Souza. Com mais de 30 livros publicados e cerca de 40 prêmios literários nacionais na bagagem, o poeta destaca que a realização do salão do livro em Marabá não diminui o impacto de quase 10 anos sem um evento desse porte na região.
“A feira era uma das nossas reivindicações. Ela nasce dentro de uma proposta do governo do Estado, o que em parte é um problema, porque ainda precisaremos avançar muito mais, principalmente na grade da programação. E a maioria dos participantes locais está como voluntário, o que também é um problema que precisa ser repensado, sobretudo no que concerne a valorização dos escritores e escritoras de Marabá”, observa. Ele sustenta que a cidade e a região precisam de mais incentivo nesta área, principalmente para os poetas da região, lembrando que o município tem quase 300 mil habitantes e nenhuma livraria.
#ANUNCIO
Leia mais:“A realidade é mais cruel do que se pode imaginar. Não há um programa do governo municipal. Na verdade, nunca houve um programa em que a valorização de nossa literatura fosse minimamente respeitado. O município precisa com urgência criar uma política do livro e da leitura para que os autores e autoras locais cheguem às escolas de forma mais efetiva”, exemplifica. Membro atuante de praticamente todas as instituições literárias do Sul e Sudeste do Pará, ele acrescenta que seria importante implantar na cidade um programa de aquisição de livros para as escolas.
O escritor, que atualmente é mestrando em literatura pela Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará e também idealizador de projetos literários, espera que a feira possa dar visibilidade aos artistas da terra, promovendo as obras deles no evento.
“Essa feira, mesmo com alguns problemas que serão sanados aos pouco, representa um grande avanço para nós poetas que militamos diretamente na área do livro e da leitura. Ainda está longe de ser o ideal, mas pelo menos já iniciamos a caminhada. Espero que seja um sucesso e que nossas obras ganhem uma visibilidade maior. Que os marabaenses possam ter acesso aos nossos livros. Essa será uma vitrine para mostrar o que estamos fazendo pelo livro, pela leitura e pela literatura no município e região há mais de 6 anos”.
Programação
A abertura do Salão do Livro acontece às 19 horas, com apresentação da banda marcial de Marabá, saudação do povo indígena Parkatejê e show com o cantor marabaense Diego Aquino. De 28 de abril a 6 de maio a programação do evento acontecerá das 9 horas às 22 horas. Todos as apresentações de dança, rodas de conversa, oficinas, shows e atrações teatrais terão entrada franca. A estimativa é que cerca de cinco mil pessoas participem do evento.
A roda de conversa que abrirá o evento no sábado (28) terá como tema “Literatura e Negritude” e será apresentada pela professora Liliane Batista Barros, doutora em Estudos Literários pela Universidade Federal do Pará, e pelos escritores Ademir Braz e Airton Souza (mediador) e pela especialista em Saberes Africanos e Afro-Amazôndas, Vanda dos Santos. A produção literária também será representada por autores vindos de Rondon do Pará e Itupiranga.
Professores da rede municipal terão bônus para usar no salão
Cerca de dois mil professores da rede municipal de ensino vão poder adquirir livros durante o Salão do Livro do Sul e Sudeste do Pará. O benefício, chamado de Credlivro, será concedido aos profissionais do magistério, que ocupam cargos técnicos de nutricionista, fonoaudiólogo, psicológico, terapeuta ocupacional e assistente social que atuam na Secretaria Municipal de Educação.
Para ter direito, os servidores terão que procurar um posto de atendimento do Banpará no Centro de Convenções Carajás, para obter o cartão que dá direito a comprar obras até o limite de R$150. Com isso, conforme informações publicadas no site da Prefeitura de Marabá, o município vai injetar cerca de R$300 mil na feira.
O crédito só foi possível após o Executivo enviar um Projeto de Lei à Câmara Municipal, que foi aprovado, se transformando na Lei Municipal 17.848. O Governo do Estado também vai contemplar os professores da rede estadual com o bônus, que servirá para os educadores de todos os municípios da região. O crédito deve somar aproximadamente R$ 500 mil.
Saiba Mais – A realização do Salão do Livro é de responsabilidade do Governo do Pará, via Secult (Secretaria de Cultura do Estado), em parceria com a Prefeitura de Marabá.
(Nathália Viegas)
Escritores e poetas de Marabá se preparam para receber a partir desta sexta-feira (27) o Salão do Livro da Região Sul e Sudeste do Pará. O evento integra a 22ª Feira Pan-Amazônica do Livro e acontece no Carajás Centro de Convenções “Leonildo Borges Rocha” até o dia 6 de maio. Embora a iniciativa seja importante para o fomento da cultura, ela não satisfaz por completo a classe literária regional, como bem evidencia o escritor marabaense Airton Souza. Com mais de 30 livros publicados e cerca de 40 prêmios literários nacionais na bagagem, o poeta destaca que a realização do salão do livro em Marabá não diminui o impacto de quase 10 anos sem um evento desse porte na região.
“A feira era uma das nossas reivindicações. Ela nasce dentro de uma proposta do governo do Estado, o que em parte é um problema, porque ainda precisaremos avançar muito mais, principalmente na grade da programação. E a maioria dos participantes locais está como voluntário, o que também é um problema que precisa ser repensado, sobretudo no que concerne a valorização dos escritores e escritoras de Marabá”, observa. Ele sustenta que a cidade e a região precisam de mais incentivo nesta área, principalmente para os poetas da região, lembrando que o município tem quase 300 mil habitantes e nenhuma livraria.
#ANUNCIO
“A realidade é mais cruel do que se pode imaginar. Não há um programa do governo municipal. Na verdade, nunca houve um programa em que a valorização de nossa literatura fosse minimamente respeitado. O município precisa com urgência criar uma política do livro e da leitura para que os autores e autoras locais cheguem às escolas de forma mais efetiva”, exemplifica. Membro atuante de praticamente todas as instituições literárias do Sul e Sudeste do Pará, ele acrescenta que seria importante implantar na cidade um programa de aquisição de livros para as escolas.
O escritor, que atualmente é mestrando em literatura pela Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará e também idealizador de projetos literários, espera que a feira possa dar visibilidade aos artistas da terra, promovendo as obras deles no evento.
“Essa feira, mesmo com alguns problemas que serão sanados aos pouco, representa um grande avanço para nós poetas que militamos diretamente na área do livro e da leitura. Ainda está longe de ser o ideal, mas pelo menos já iniciamos a caminhada. Espero que seja um sucesso e que nossas obras ganhem uma visibilidade maior. Que os marabaenses possam ter acesso aos nossos livros. Essa será uma vitrine para mostrar o que estamos fazendo pelo livro, pela leitura e pela literatura no município e região há mais de 6 anos”.
Programação
A abertura do Salão do Livro acontece às 19 horas, com apresentação da banda marcial de Marabá, saudação do povo indígena Parkatejê e show com o cantor marabaense Diego Aquino. De 28 de abril a 6 de maio a programação do evento acontecerá das 9 horas às 22 horas. Todos as apresentações de dança, rodas de conversa, oficinas, shows e atrações teatrais terão entrada franca. A estimativa é que cerca de cinco mil pessoas participem do evento.
A roda de conversa que abrirá o evento no sábado (28) terá como tema “Literatura e Negritude” e será apresentada pela professora Liliane Batista Barros, doutora em Estudos Literários pela Universidade Federal do Pará, e pelos escritores Ademir Braz e Airton Souza (mediador) e pela especialista em Saberes Africanos e Afro-Amazôndas, Vanda dos Santos. A produção literária também será representada por autores vindos de Rondon do Pará e Itupiranga.
Professores da rede municipal terão bônus para usar no salão
Cerca de dois mil professores da rede municipal de ensino vão poder adquirir livros durante o Salão do Livro do Sul e Sudeste do Pará. O benefício, chamado de Credlivro, será concedido aos profissionais do magistério, que ocupam cargos técnicos de nutricionista, fonoaudiólogo, psicológico, terapeuta ocupacional e assistente social que atuam na Secretaria Municipal de Educação.
Para ter direito, os servidores terão que procurar um posto de atendimento do Banpará no Centro de Convenções Carajás, para obter o cartão que dá direito a comprar obras até o limite de R$150. Com isso, conforme informações publicadas no site da Prefeitura de Marabá, o município vai injetar cerca de R$300 mil na feira.
O crédito só foi possível após o Executivo enviar um Projeto de Lei à Câmara Municipal, que foi aprovado, se transformando na Lei Municipal 17.848. O Governo do Estado também vai contemplar os professores da rede estadual com o bônus, que servirá para os educadores de todos os municípios da região. O crédito deve somar aproximadamente R$ 500 mil.
Saiba Mais – A realização do Salão do Livro é de responsabilidade do Governo do Pará, via Secult (Secretaria de Cultura do Estado), em parceria com a Prefeitura de Marabá.
(Nathália Viegas)