Correio de Carajás

Família nega que homem baleado pela PM estava armado

Durante abordagem feita por uma guarnição da Polícia Militar no Bairro Vila Rica, um homem teria fugido e tentando pular um muro. Ao correr, os policiais observaram que ele portava uma arma de fogo na cintura e, durante a fuga, afirmam que ele pegou a arma e, por isso, acabou alvejado a tiros pelos militares.

O homem foi socorrido e levado para o Hospital Municipal de Parauapebas (HMP), mas morreu. A família da vítima, identificada como Francisco Valbert Araújo de Souza, de 24 anos, nega a versão da polícia e diz que ele não estava armado.  

De acordo com a Polícia Militar, por volta das 23h25, uma guarnição composta pelo cabo Batalha e soldados Leal e Rafael Lima ao tentar abordar um grupo de pessoas que estava à frente de uma casa na Rua Brasília visualizou um indivíduo vestindo calça jeans e encostado na porta da cerca de madeira do imóvel.

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Ao ver os policiais, afirma a PM, ele subitamente empreendeu fuga para dentro do lote. Ainda de acordo com os militares, quando o homem se virou foi possível ver o cabo de uma arma na cintura dele, na lateral do lado direito.

Nessa hora o cabo Batalha entrou no lote atrás do homem, seguido pelo soldado Rafael Lima, que adentrou na residência enquanto Batalha se dirigia para os fundos do quintal. Enquanto isso, o soldado Leal ficou fazendo abordagens em outros indivíduos do lado de fora da cerca.

Ainda segundo relatos da polícia, em dado momento, devido ao local estar em quase completa escuridão, eles usaram uma lanterna e viram quando o acusado já estava quase transpondo o muro do imóvel. “O homem pegou a arma, momento em que o cabo Batalha efetuou três disparos em direção dele e ele veio a cair de cima do muro, de uma altura de aproximadamente quatro metros, caindo em cima um monte de pedras que estava na beira do muro”, detalha a PM.

Os policiais acrescentaram, em registro policial, que quando foi feita a aproximação, foi constatado que o acusado possuía um ferimento na cabeça e que a arma se tratava de um simulacro, tipo pistola. Logo depois, informa a polícia, foi acionado o 190 para pedir apoio do Samu ou dos bombeiros para resgatar o acusado, assim como foi acionada a Polícia Civil. O Samu chegou ao local por volta de 23h20 e fez o resgate do homem ainda com vida até o HMP, onde posteriormente foi constado o óbito dele. No bolso de Francisco, segundo a PM, o Samu teria encontrado 0,8 gramas de crack.

Família nega versão da PM

Por outro lado, a esposa de Francisco Valbert, que é adolescente e está grávida de três meses, contou uma versão diferente dos fatos. Ela diz que a família estava na porta da casa quando os policiais já chegaram atirando. “Depois eles entraram em casa, me revistaram e falaram que meu marido já estava morto. Eles [policiais] colocaram uma arma na mão dele, pisaram na cara dele e tiraram uma foto”, conta a mulher, que afirma ter visto tudo e entrado em estado de choque.

Ela detalha que o marido tinha distúrbios mentais e tomava remédio controlado. A adolescente também nega que o marido tivesse envolvimento com o tráfico de drogas e sustenta que a casa não é ponto de venda de drogas. Ela diz que o marido correu porque se assustou com os tiros e não porque estivesse fazendo coisa errada. “Ele estava do meu lado e quando ouviu os tiros ficou nervoso. Por isso correu”, assegura a viúva.

A tia e mãe de criação da vítima, que não quiseram falar os nomes, também passaram mal ao verem a cena. Uma delas apresentou as receitas e a medicação que Francisco tomava. (Tina Santos com informações de Ronaldo Modesto)

 

Durante abordagem feita por uma guarnição da Polícia Militar no Bairro Vila Rica, um homem teria fugido e tentando pular um muro. Ao correr, os policiais observaram que ele portava uma arma de fogo na cintura e, durante a fuga, afirmam que ele pegou a arma e, por isso, acabou alvejado a tiros pelos militares.

O homem foi socorrido e levado para o Hospital Municipal de Parauapebas (HMP), mas morreu. A família da vítima, identificada como Francisco Valbert Araújo de Souza, de 24 anos, nega a versão da polícia e diz que ele não estava armado.  

De acordo com a Polícia Militar, por volta das 23h25, uma guarnição composta pelo cabo Batalha e soldados Leal e Rafael Lima ao tentar abordar um grupo de pessoas que estava à frente de uma casa na Rua Brasília visualizou um indivíduo vestindo calça jeans e encostado na porta da cerca de madeira do imóvel.

Ao ver os policiais, afirma a PM, ele subitamente empreendeu fuga para dentro do lote. Ainda de acordo com os militares, quando o homem se virou foi possível ver o cabo de uma arma na cintura dele, na lateral do lado direito.

Nessa hora o cabo Batalha entrou no lote atrás do homem, seguido pelo soldado Rafael Lima, que adentrou na residência enquanto Batalha se dirigia para os fundos do quintal. Enquanto isso, o soldado Leal ficou fazendo abordagens em outros indivíduos do lado de fora da cerca.

Ainda segundo relatos da polícia, em dado momento, devido ao local estar em quase completa escuridão, eles usaram uma lanterna e viram quando o acusado já estava quase transpondo o muro do imóvel. “O homem pegou a arma, momento em que o cabo Batalha efetuou três disparos em direção dele e ele veio a cair de cima do muro, de uma altura de aproximadamente quatro metros, caindo em cima um monte de pedras que estava na beira do muro”, detalha a PM.

Os policiais acrescentaram, em registro policial, que quando foi feita a aproximação, foi constatado que o acusado possuía um ferimento na cabeça e que a arma se tratava de um simulacro, tipo pistola. Logo depois, informa a polícia, foi acionado o 190 para pedir apoio do Samu ou dos bombeiros para resgatar o acusado, assim como foi acionada a Polícia Civil. O Samu chegou ao local por volta de 23h20 e fez o resgate do homem ainda com vida até o HMP, onde posteriormente foi constado o óbito dele. No bolso de Francisco, segundo a PM, o Samu teria encontrado 0,8 gramas de crack.

Família nega versão da PM

Por outro lado, a esposa de Francisco Valbert, que é adolescente e está grávida de três meses, contou uma versão diferente dos fatos. Ela diz que a família estava na porta da casa quando os policiais já chegaram atirando. “Depois eles entraram em casa, me revistaram e falaram que meu marido já estava morto. Eles [policiais] colocaram uma arma na mão dele, pisaram na cara dele e tiraram uma foto”, conta a mulher, que afirma ter visto tudo e entrado em estado de choque.

Ela detalha que o marido tinha distúrbios mentais e tomava remédio controlado. A adolescente também nega que o marido tivesse envolvimento com o tráfico de drogas e sustenta que a casa não é ponto de venda de drogas. Ela diz que o marido correu porque se assustou com os tiros e não porque estivesse fazendo coisa errada. “Ele estava do meu lado e quando ouviu os tiros ficou nervoso. Por isso correu”, assegura a viúva.

A tia e mãe de criação da vítima, que não quiseram falar os nomes, também passaram mal ao verem a cena. Uma delas apresentou as receitas e a medicação que Francisco tomava. (Tina Santos com informações de Ronaldo Modesto)