• ㅤTV CORREIO
  • ㅤRÁDIO
  • ㅤCORREIO DOC
Menu
  • ㅤTV CORREIO
  • ㅤRÁDIO
  • ㅤCORREIO DOC
Pesquisar
Pesquisar
Fechar
ㅤㅤ ㅤㅤ ㅤㅤ ㅤㅤ
CIDADES
POLÍTICA
POLÍCIA
ESPORTES
ENTRETENIMENTO
COLUNISTAS
RONDA POLÍTICA

Por erro grave, acusado de feminicídio sai pela porta da frente da cadeia

por Redação
30/10/2017
em Polícia
20
Visualizações

Vinte e cinco dias após ser preso , Márcio Bazilio Furtado Rocha, de 41 anos, deixou a Central de Triagem Masculina de Marabá (CTMM) pela porta da frente em decorrência de uma falha da Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado do Pará (Susipe), que o liberou na última sexta-feira (27). Orientado pelos advogados, no entanto, ele retornou à unidade na tarde de hoje, segunda-feira (30), e se apresentou espontaneamente.

Márcio é acusado de matar e ocultar o cadáver da ex-companheira, Eliane de Sousa Jorge, de 37 anos. Na última sexta-feira, dia 27, ele deixou o Centro de Triagem Masculino de Marabá (CTMM) pela porta da frente, em posse de um alvará de soltura relacionado ao processo sobre a ocultação de cadáver. Acontece que no processo pelo feminicídio – os casos até então corriam em Varas Criminais diferentes – ainda há mandado de prisão preventiva decretado.

O curioso é que o protocolo da Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado do Pará (Susipe) ao liberar internos envolve uma série de procedimentos de segurança e verificação justamente voltados a evitar casos desta natureza. Nesta situação, nem mesmo era necessária pesquisa aprofundada nos bancos de dados, já que o juiz responsável por emitir o alvará de soltura registrou no próprio documento haver outra determinação judicial privando a liberdade do acusado.

Na quinta-feira, dia 26, o juiz Marcelo Andrei Simão Santos, titular da 2ª Vara Criminal, onde tramita o processo de ocultação de cadáver, avaliou pedido de revogação de prisão preventiva formulado pelos advogados de Márcio Furtado. Conforme a decisão do magistrado, o corpo de Eliane foi encontrado durante as investigações policiais acerca do desaparecimento dela e somente após o próprio Márcio Furtado apontar o local em que estava o cadáver.

Ao ser autuado em flagrante pelo crime, o procedimento foi encaminhado para a 2ª Vara Criminal, mas com a continuidade das investigações Márcio acabou indiciado também pela morte da mulher, o que gerou novo processo na 3ª Vara Criminal, responsável pelos casos de homicídio. Desta forma, na última semana, o juiz Marcelo Andrei destacou ser evidente a existência de conexão entre os dois crimes e se declarou incompetente para o julgamento da ocultação de cadáver, determinando a remessa dos autos à 3ª Vara Criminal, que tem a frente o juiz Alexandre Hiroshi Arakaki.

Como consequência disso, decidiu também revogar a prisão preventiva existente no primeiro processo e expedir o alvará de soltura em favor de Márcio Furtado. No documento, o magistrado manda o carcereiro colocar o acusado em liberdade “ressalvada a hipótese de estar preso (a) por outro motivo”. Em seguida destaca que há mandado de prisão no outro processo: “Fica a ressalva de que há prisão preventiva contra o réu nos autos de ação penal número 0016736-52.2017.814.0028”.

Enquanto isso, no processo que tramita na 3ª Vara Criminal de Marabá, o juiz titular segue intimando pessoas, dentre elas testemunhas, para a audiência de instrução e julgamento do caso, agendada para o dia 27 do próximo mês, às 11 horas, no Fórum Juiz José Elias Monteiro Lopes. Em busca no Banco Nacional de Mandados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o CORREIO localizou o mandado em aberto, expedido no último dia 11 pelo juiz Alexandre Arakaki.

Corregedoria irá investigar a liberação do preso

Procurada pela Reportagem, a assessoria de comunicação da Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado (Susipe) confirmou que o detento se entregou espontaneamente na companhia do advogado no Centro de Recuperação Regional de Marabá (CRRAMA) na tarde desta segunda-feira. De lá, foi encaminhado de volta para a Central de Triagem Masculina de Marabá (CTMM), onde está custodiado. A Susipe informou, ainda, que a Corregedoria Penitenciária irá instaurar uma sindicância investigativa para apurar a forma como ocorreu a liberação dele.

Em contato com o advogado Wandergleisson Fernandes, que atua na defesa de Márcio Furtado, este confirmou que o cliente foi liberado pela Susipe na última sexta-feira e que saiu pela porta da frente após o alvará de soltura chegar na casa penal. Ao tomar conhecimento da situação, a defesa procurou os familiares dele e orientou que ele se apresentasse novamente no presídio já que havia mandado de prisão preventiva aberto.

Ao ser questionado sobre esta situação, o advogado afirmou que prefere não comentar sobre a liberação, mas entendeu que houve falha do sistema penal. “Zelando pelo processo orientamos ele a se apresentar e responder às acusações junto à Justiça, até porque ele está recolhido na condição de preso provisório e não condenado. Ele não fugiu, permaneceu em Marabá e acatou nossa orientação”, acrescentou.

Até a tarde desta segunda-feira nenhuma autoridade policial havia procurado por Márcio Furtado, mas de acordo com o advogado ele já estava sendo considerado foragido de Justiça e havia organização no sentido de fazer nova prisão. Sobre a acusação em si, Fernandes preferiu não comentar o caso no momento, adiantando que a defesa ainda está sendo preparada no processo.

Relembre o caso

Márcio Basílio Furtado foi preso no dia 21 de setembro e autuado em flagrante pela ocultação do cadáver da ex-companheira. Além disso, na época, foi aberto o inquérito na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) para investigar o homicídio da mulher, com quem ele foi casado por 20 anos e cujo crime confessou ter cometido.

A prisão aconteceu após ele apontar onde estava o cadáver de Eliane, às margens da Rodovia BR-230, à altura do km 15, sentido Itupiranga. Ela estava desaparecida desde a tarde do dia anterior e ele havia procurado por ela antes do desaparecimento.

Márcio chegou a sofrer um acidente de trânsito após ocultar o corpo, sendo socorrido e internado no Hospital Municipal de Marabá, onde foi localizado pela Polícia Civil. Ele confessou o crime, fornecendo detalhes cruéis sobre como assassinou a mulher, com golpes de faca. O crime teve grande repercussão na cidade . 

(Luciana Marschall e Chagas Filho)

Vinte e cinco dias após ser preso , Márcio Bazilio Furtado Rocha, de 41 anos, deixou a Central de Triagem Masculina de Marabá (CTMM) pela porta da frente em decorrência de uma falha da Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado do Pará (Susipe), que o liberou na última sexta-feira (27). Orientado pelos advogados, no entanto, ele retornou à unidade na tarde de hoje, segunda-feira (30), e se apresentou espontaneamente.

Márcio é acusado de matar e ocultar o cadáver da ex-companheira, Eliane de Sousa Jorge, de 37 anos. Na última sexta-feira, dia 27, ele deixou o Centro de Triagem Masculino de Marabá (CTMM) pela porta da frente, em posse de um alvará de soltura relacionado ao processo sobre a ocultação de cadáver. Acontece que no processo pelo feminicídio – os casos até então corriam em Varas Criminais diferentes – ainda há mandado de prisão preventiva decretado.

O curioso é que o protocolo da Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado do Pará (Susipe) ao liberar internos envolve uma série de procedimentos de segurança e verificação justamente voltados a evitar casos desta natureza. Nesta situação, nem mesmo era necessária pesquisa aprofundada nos bancos de dados, já que o juiz responsável por emitir o alvará de soltura registrou no próprio documento haver outra determinação judicial privando a liberdade do acusado.

Na quinta-feira, dia 26, o juiz Marcelo Andrei Simão Santos, titular da 2ª Vara Criminal, onde tramita o processo de ocultação de cadáver, avaliou pedido de revogação de prisão preventiva formulado pelos advogados de Márcio Furtado. Conforme a decisão do magistrado, o corpo de Eliane foi encontrado durante as investigações policiais acerca do desaparecimento dela e somente após o próprio Márcio Furtado apontar o local em que estava o cadáver.

Ao ser autuado em flagrante pelo crime, o procedimento foi encaminhado para a 2ª Vara Criminal, mas com a continuidade das investigações Márcio acabou indiciado também pela morte da mulher, o que gerou novo processo na 3ª Vara Criminal, responsável pelos casos de homicídio. Desta forma, na última semana, o juiz Marcelo Andrei destacou ser evidente a existência de conexão entre os dois crimes e se declarou incompetente para o julgamento da ocultação de cadáver, determinando a remessa dos autos à 3ª Vara Criminal, que tem a frente o juiz Alexandre Hiroshi Arakaki.

Como consequência disso, decidiu também revogar a prisão preventiva existente no primeiro processo e expedir o alvará de soltura em favor de Márcio Furtado. No documento, o magistrado manda o carcereiro colocar o acusado em liberdade “ressalvada a hipótese de estar preso (a) por outro motivo”. Em seguida destaca que há mandado de prisão no outro processo: “Fica a ressalva de que há prisão preventiva contra o réu nos autos de ação penal número 0016736-52.2017.814.0028”.

Enquanto isso, no processo que tramita na 3ª Vara Criminal de Marabá, o juiz titular segue intimando pessoas, dentre elas testemunhas, para a audiência de instrução e julgamento do caso, agendada para o dia 27 do próximo mês, às 11 horas, no Fórum Juiz José Elias Monteiro Lopes. Em busca no Banco Nacional de Mandados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o CORREIO localizou o mandado em aberto, expedido no último dia 11 pelo juiz Alexandre Arakaki.

Corregedoria irá investigar a liberação do preso

Procurada pela Reportagem, a assessoria de comunicação da Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado (Susipe) confirmou que o detento se entregou espontaneamente na companhia do advogado no Centro de Recuperação Regional de Marabá (CRRAMA) na tarde desta segunda-feira. De lá, foi encaminhado de volta para a Central de Triagem Masculina de Marabá (CTMM), onde está custodiado. A Susipe informou, ainda, que a Corregedoria Penitenciária irá instaurar uma sindicância investigativa para apurar a forma como ocorreu a liberação dele.

Em contato com o advogado Wandergleisson Fernandes, que atua na defesa de Márcio Furtado, este confirmou que o cliente foi liberado pela Susipe na última sexta-feira e que saiu pela porta da frente após o alvará de soltura chegar na casa penal. Ao tomar conhecimento da situação, a defesa procurou os familiares dele e orientou que ele se apresentasse novamente no presídio já que havia mandado de prisão preventiva aberto.

Ao ser questionado sobre esta situação, o advogado afirmou que prefere não comentar sobre a liberação, mas entendeu que houve falha do sistema penal. “Zelando pelo processo orientamos ele a se apresentar e responder às acusações junto à Justiça, até porque ele está recolhido na condição de preso provisório e não condenado. Ele não fugiu, permaneceu em Marabá e acatou nossa orientação”, acrescentou.

Até a tarde desta segunda-feira nenhuma autoridade policial havia procurado por Márcio Furtado, mas de acordo com o advogado ele já estava sendo considerado foragido de Justiça e havia organização no sentido de fazer nova prisão. Sobre a acusação em si, Fernandes preferiu não comentar o caso no momento, adiantando que a defesa ainda está sendo preparada no processo.

Relembre o caso

Márcio Basílio Furtado foi preso no dia 21 de setembro e autuado em flagrante pela ocultação do cadáver da ex-companheira. Além disso, na época, foi aberto o inquérito na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) para investigar o homicídio da mulher, com quem ele foi casado por 20 anos e cujo crime confessou ter cometido.

A prisão aconteceu após ele apontar onde estava o cadáver de Eliane, às margens da Rodovia BR-230, à altura do km 15, sentido Itupiranga. Ela estava desaparecida desde a tarde do dia anterior e ele havia procurado por ela antes do desaparecimento.

Márcio chegou a sofrer um acidente de trânsito após ocultar o corpo, sendo socorrido e internado no Hospital Municipal de Marabá, onde foi localizado pela Polícia Civil. Ele confessou o crime, fornecendo detalhes cruéis sobre como assassinou a mulher, com golpes de faca. O crime teve grande repercussão na cidade . 

(Luciana Marschall e Chagas Filho)

Comentários
Tags: policia
Matéria anterior

Prefeito é recepcionado na delegacia com gritos de “assassino”

Próxima matéria

MANDANTE? Mãe do prefeito de Tucuruí é presa e gestor sai da cidade

RelacionadaMatérias

Canaã: Homem com suspeita de embriaguez invade área de mineradora e toca o terror
Destaques

Canaã: Homem com suspeita de embriaguez invade área de mineradora e toca o terror

28/02/2021
177
Polícia

Corpo de jovem é encontrado às margens de uma lagoa em Parauapebas

28/02/2021
128
Homem nu tenta invadir casa e é linchado em Marabá
Destaques

Homem nu tenta invadir casa e é linchado em Marabá

27/02/2021
2.3k
Próxima matéria
MANDANTE? Mãe do prefeito de Tucuruí é presa e gestor sai da cidade

MANDANTE? Mãe do prefeito de Tucuruí é presa e gestor sai da cidade

Discussion about this post

Fale conosco

Anuncie no site

94 99212 4484

Facebook
Instagram
Twitter
Youtube

Correio de Carajás - Todos os direitos reservados | 2019