Correio de Carajás

“Polvinhos” ajudam a desenvolver bebês prematuros no Hospital Regional

O Hospital Regional do Sudeste do Pará (HRSP) Geraldo Veloso lançou nesta sexta-feira (11), o projeto “Polvinho amigo”, que irá contribuir para a recuperação dos recém-nascidos internados na Unidade Neonatal de Terapia Intensiva (UTI).

A iniciativa consiste no uso de bonecos de crochê confeccionados por voluntários, no formato de polvos, que além de proporcionar mais conforto aos pequenos, auxiliam no desenvolvimento durante sua permanência na instituição.

A terapia é uma ferramenta de estimulação sensorial, tátil e visual, que contribuem para o desenvolvimento neurocognitivo dos recém-nascidos. De acordo com a enfermeira do HRSP, Fernanda Miranda, responsável pela UTI Neonatal, os polvos de crochê fazem companhia para os bebês prematuros nas incubadoras, onde os tentáculos remetem ao útero materno, se assemelhando ao cordão umbilical.

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“O polvo de crochê e feito de fio 100% algodão, totalmente higienizado. Ele tem a função de acalmar os recém-nascidos, ajudando a normalizar a respiração e os batimentos cardíacos. É um presente de natal antecipado para os nossos prematuros”, ressalta a profissional.

Segundo Flavia Fernandes, analista de humanização do HRSP, a iniciativa realizada pela Pastoral de Saúde e Comissão de Humanização, vem sendo elaborada desde o início do ano, porém, devido a pandemia da Covid-19, precisou passar por adaptações para garantir a segurança dos bebês internados, seguindo todas as recomendações de higienização da Organização Mundial de Saúde (OMS).

“É um projeto que temos muito orgulho de realizar, pois traz uma humanização lúdica ao prematuro e à família. Quando os bebês tiverem alta, irão levar para suas casas o polvo, contribuindo assim com a sua adaptação fora do ambiente hospitalar” explica Flávia.

De acordo com a fisioterapeuta do Hospital Regional, Ana Paula Varela, o polvo, na verdade, é um projeto que veio da Dinamarca, e os profissionais do hospital de Marabá perceberam que que daria para encaixar na dinâmica de trabalho da UTI Neonatal. “O polvo veio para agregar ao que já existia”, resume. (Com Ascom HRSP)