Correio de Carajás

Menina de 15 anos mata irmão

Uma tragédia indizível assolou uma família de camponeses que mora no Assentamento Araguaia, no município de Brejo Grande do Araguaia, a cerca de 100 km de Marabá. Uma menina de 15 anos de idade matou com uma faca o irmão dela, de apenas 13. Ninguém nunca irá saber realmente o que aconteceu no interior da humilde casa onde a família mora, que acabou virando um palco de crime. Mas o certo é que essa tragédia marcará para sempre a família do menino Izaquiel Silva da Luz, que morreu de forma prematura.

#ANUNCIO

A morte aconteceu por volta das 13 horas do dia 8, quando a mãe Maria Lindalva Silva Santos, que tinha quatro filhos, saiu para colher milho na roça, pertinho da casa, levando consigo o filho de 10 anos e deixando em casa os outros três: Izaquiel, a mocinha de 15 e um menorzinho de sete anos. O companheiro dela também ficou na residência.

Leia mais:

Aliás, foi o companheiro de Maria Lindalva quem gritou, desesperado, para que ela voltasse urgentemente. Quando ela voltou à residência, já se deparou com seu filho mais novo lhe dizendo que a irmã mais velha havia furado Izaquiel.

O menino estava caído no chão, mas ainda consciente, enquanto a menina, com as duas mãos na cabeça, dizia aos prantos: “Mãe, não foi porque eu quis”. Tomada de desespero, ela e seu companheiro pediram apoio de um vizinho que tem carro para levar o garoto até o Hospital Municipal de Brejo Grande do Araguaia. Chegando lá, os atendentes verificaram a gravidade da situação e aconselharam ela a levar o menino para outro centro com melhor estrutura.

Diante disso, o paciente foi encaminhado, já de ambulância, para o Hospital Municipal de Marabá (HMM), mas nessa casa de saúde ele não resistiu ao procedimento cirúrgico e acabou falecendo já no início da noite. O corpo do rapazinho deu entrada no Instituto Médico Legal de Marabá (IML) por volta das 11h da manhã de ontem (9).

Em depoimento ao delegado Pedro Marinho de Souza, a mãe Maria Lindalva disse acreditar que o esfaqueamento aconteceu durante uma briga entre os dois irmãos, mas ela não tinha conversado direito com a filha para saber os detalhes dessa desavença que acabou terminando em tragédia.

Ouvida pelo jornal, Maria Lindalva, ainda muito abalada, disse acreditar que a filha não ficaria sujeita a medida socioeducativa de restrição de liberdade, pois sabe que a jovem nunca quis fazer mal ao irmão. Mas esta é uma decisão que será tomada pelo Poder Judiciário.

Saiba Mais

As medidas socioeducativas são aquelas aplicáveis a adolescentes autores de atos infracionais e estão previstas no art. 112 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Apesar de configurarem resposta à prática de um delito, apresentam um caráter predominantemente educativo. O juiz da Infância e da Juventude é o competente para proferir sentenças socioeducativas, após análise da capacidade do adolescente de cumprir a medida, das circunstâncias do fato e da gravidade da infração. A medida mais severa é a privação de liberdade, que pode se estender até os 21 anos, dependendo da gravidade do ato.

 

 

Foto: Evangelista Rocha

Uma tragédia indizível assolou uma família de camponeses que mora no Assentamento Araguaia, no município de Brejo Grande do Araguaia, a cerca de 100 km de Marabá. Uma menina de 15 anos de idade matou com uma faca o irmão dela, de apenas 13. Ninguém nunca irá saber realmente o que aconteceu no interior da humilde casa onde a família mora, que acabou virando um palco de crime. Mas o certo é que essa tragédia marcará para sempre a família do menino Izaquiel Silva da Luz, que morreu de forma prematura.

#ANUNCIO

A morte aconteceu por volta das 13 horas do dia 8, quando a mãe Maria Lindalva Silva Santos, que tinha quatro filhos, saiu para colher milho na roça, pertinho da casa, levando consigo o filho de 10 anos e deixando em casa os outros três: Izaquiel, a mocinha de 15 e um menorzinho de sete anos. O companheiro dela também ficou na residência.

Aliás, foi o companheiro de Maria Lindalva quem gritou, desesperado, para que ela voltasse urgentemente. Quando ela voltou à residência, já se deparou com seu filho mais novo lhe dizendo que a irmã mais velha havia furado Izaquiel.

O menino estava caído no chão, mas ainda consciente, enquanto a menina, com as duas mãos na cabeça, dizia aos prantos: “Mãe, não foi porque eu quis”. Tomada de desespero, ela e seu companheiro pediram apoio de um vizinho que tem carro para levar o garoto até o Hospital Municipal de Brejo Grande do Araguaia. Chegando lá, os atendentes verificaram a gravidade da situação e aconselharam ela a levar o menino para outro centro com melhor estrutura.

Diante disso, o paciente foi encaminhado, já de ambulância, para o Hospital Municipal de Marabá (HMM), mas nessa casa de saúde ele não resistiu ao procedimento cirúrgico e acabou falecendo já no início da noite. O corpo do rapazinho deu entrada no Instituto Médico Legal de Marabá (IML) por volta das 11h da manhã de ontem (9).

Em depoimento ao delegado Pedro Marinho de Souza, a mãe Maria Lindalva disse acreditar que o esfaqueamento aconteceu durante uma briga entre os dois irmãos, mas ela não tinha conversado direito com a filha para saber os detalhes dessa desavença que acabou terminando em tragédia.

Ouvida pelo jornal, Maria Lindalva, ainda muito abalada, disse acreditar que a filha não ficaria sujeita a medida socioeducativa de restrição de liberdade, pois sabe que a jovem nunca quis fazer mal ao irmão. Mas esta é uma decisão que será tomada pelo Poder Judiciário.

Saiba Mais

As medidas socioeducativas são aquelas aplicáveis a adolescentes autores de atos infracionais e estão previstas no art. 112 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Apesar de configurarem resposta à prática de um delito, apresentam um caráter predominantemente educativo. O juiz da Infância e da Juventude é o competente para proferir sentenças socioeducativas, após análise da capacidade do adolescente de cumprir a medida, das circunstâncias do fato e da gravidade da infração. A medida mais severa é a privação de liberdade, que pode se estender até os 21 anos, dependendo da gravidade do ato.

 

 

Foto: Evangelista Rocha