Correio de Carajás

Polícia segue investigando Chacina do Bairro da Paz

Armas usadas pelos criminosos que morreram no confronto com a polícia foram apreendidos/Fotos: Ag. Pará

A prisão do homem apontado como mandante e a morte de dois comparsas dele, que resistiram à prisão e atiraram contra a polícia, não põe um ponto final às investigações sobre a Chacina do Bairro da Paz. A afirmação foi feita pelo próprio secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, Ualame Machado. “Seguiremos com as investigações para apurar o envolvimento de outras pessoas”, afirmou o delegado.

O mandante preso foi identificado como Cláudio Emanuel Neves Ramos, o “Claudinho CV”, de 24 anos. Os criminosos que morreram durante a intervenção policial foram Marcos Rodrigues da Silva e José Vanderclei Lima dos Santos. O cerco a eles aconteceu no São Félix I, no final da tarde do último dia 22, menos de 48 horas depois da chacina, que ocorreu na noite do dia 20.

Participaram da missão até o momento policiais da Delegacia de Homicídios de Marabá, da Divisão de Homicídios (DH) de Belém, do Núcleo de Apoio à Investigação (NAI) de Marabá, da Superintendência Regional do Sudeste do Pará e da Seccional Urbana de Marabá, com apoio direto de equipes da Polícia Militar.

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ENTENDA O CASO

Na noite do dia 20, em frente a uma casa na esquina das ruas Alfredo Monção e Rio de Janeiro, quatro jovens foram executados com tiros na cabeça, por um homem que chegou ao local de carro. As vítimas são Carlos Henrique Gomes Brito, 17 anos; Raimundo Fernando Alves de Oliveira, 18 anos; Gabriel Firmino da Silva, 19 anos; e Pablo Eduardo Freitas Gonçalves, 20 anos.

No início da tarde do dia 21, a alta cúpula da segurança pública do Estado já estava em Marabá: secretário Ualame Machado; delegado-geral da Polícia Civil, Walter Rezende; e o comandante geral da PM, coronel Dilson Júnior.

Na ocasião, Machado já deixou claro que a polícia vinha mapeando a guerra entre facções há algum tempo e já sabia, por exemplo, que carro usado pelo pistoleiro tinha sido roubado em Belém e usado em outros crimes, assim como já tinha identificação de suspeitos.

“Nós já temos uma linha investigativa muito sólida, inclusive com os suspeitos identificados, assim como os meios utilizados no crime e muito brevemente a gente dará a resposta dentro da legalidade, contando sempre com apoio do Ministério Público e Judiciário”, afirmou na ocasião.

No final da tarde do dia 22, as investigações levaram os policiais até um conjunto de quitinetes no São Félix I, onde os três suspeitos foram abordados, havendo troca de tiros e até luta corporal entre policiais e suspeitos.

Ao final de toda essa refrega, Marcos Rodrigues e José Vanderclei morreram em intervenção policial, enquanto Claudinho CV foi baleado e preso. No esconderijo deles, foram encontradas porções de substâncias entorpecentes, anotações sobre tráfico e balança de precisão. A equipe também apreendeu duas armas de fogo que estavam com os criminosos que atiraram na direção dos policiais. (Chagas Filho)