Correio de Carajás

Polícia investiga morte de 2 primos de 13 anos

Os dois jovens estavam de moto e podem ter sido vítimas de latrocínio ou mortos por engano. Essas são as duas principais linhas de investigação da polícia

Durante toda esta semana, o superintendente da Região do Xingu, delegado Walison Damasceno, mobilizou equipes de investigadores da 22ª Seccional Urbana de Polícia Civil e da Divisão de Homicídios de Altamira para desvendar um duplo assassinato. Trata-se do caso dos primos João Marcos Brito e Rafael Lira, ambos de 13 anos, encontrados mortos na manhã do último domingo (26), nas margens da rodovia federal BR-230, a cerca de 4 quilômetros do centro, conforme noticiado anteriormente por este CORREIO.

O duplo homicídio dos adolescentes comoveu a população de Altamira, na região sudoeste do Pará. Os garotos, que foram assassinados a tiros, estavam em uma motocicleta encontrada com os corpos. O crime aconteceu por volta de 19h de sábado (25).

Os dois rapazes assassinados tinham apenas 13 anos e não fizeram mal a ninguém

Duas hipóteses são apontadas pela investigação. A primeira seria tentativa de latrocínio, onde uma ou mais pessoas tentaram roubar a motocicleta pilotada pelo adolescente Rafael, que transportava o primo João Marcos. Outra linha de investigação aponta que as mortes ocorreram por engano. “Não descartamos nenhuma linha de investigação e estamos trabalhando com várias equipes para elucidar esse crime”, afirmou a autoridade policial Walison Damasceno.

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“Só Deus sabe o que estou passado”, disse o pai de João Marcos, que não quis se identificar. Segundo ele, seu filho era estudioso, praticante de futebol com o primo e obediente. Naquela tarde os adolescentes participaram de um torneio de futebol na Arena Milico, que terminou por volta de 18h de sábado. Em seguida, o pai de João levou os dois até o Bairro Buriti, onde entregou a motocicleta para os garotos. O pai estava em um carro. “Iria precisar da moto e pedi que eles levassem até o centro da cidade”.

O pai conta ainda que saiu do Bairro Buriti em direção ao Centro da Cidade pela BR-230, e estava à frente da moto cerca de 10 metros. Em um trecho sem iluminação e escuro, ele ouviu disparos de arma de fogo. “Não vi nada do que aconteceu. Estava muito escuro”. Segundo ele, ao retornar à procura dos adolescentes não os encontrou. E foi buscar ajuda de amigos e familiares, que realizaram buscas e não encontraram as vítimas naquela noite.

Inconformado com a situação, o pai clama pela elucidação do caso. “Quero Justiça. E saber quem fez essa maldade com minhas crianças aliviará a minha dor”. O laudo pericial das vítimas está em conclusão. (Antônio Barroso/freelancer)