Correio de Carajás

Polícia investiga morte covarde de comerciante

O delegado Felipe Leal e sua equipe começaram a tomar os primeiros depoimentos que podem ajudar a elucidar o assassinato do comerciante Romeu Sousa Santos, de 33 anos, que era proprietário de uma lanchonete no Km 40 da Rodovia BR-222, município de Bom Jesus do Tocantins. Ele foi morto a tiros na última terça-feira (30), enquanto dormia sentado em uma cadeira de macarrão, logo depois do almoço.

A reportagem do Jornal CORREIO esteve no local do crime, que fica entre as vilas São Raimundo e Casca Seca, zona rural do Bom Jesus. Ali, várias pessoas comentaram sobre a ação criminosa. Segundo Moacir Lima dos Santos, que conhece a vítima há muitos anos, Romeu tirava um cochilo em uma cadeira logo depois do almoço, quando dois elementos chegaram de carro, mas deixaram o veículo na beira da estrada, pularam a cerca e se aproximaram da vítima pela parede lateral da área onde ele dormia na cadeira e atiraram de lado, na cabeça e no peito da vítima.

A reportagem apurou também que logo depois dos disparos, quando os pistoleiros fugiram, as pessoas que estavam no estabelecimento comercial correram na direção da vítima, constatando que ele agonizava sentado na cadeira. Um técnico de enfermagem que almoçava no local ainda pegou uma gaze e tentou estancar o sangramento, mas quando olhou para a cabeça da vítima se deu conta de que nada mais poderia ser feito.

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Uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) ainda chegou a ser acionada, mas a missão era mesmo para o Instituto Médico Legal (IML) de Marabá, que fez os primeiros levantamentos no local e junto com a perícia recolheu algumas cápsulas que caíram na cena do crime. O cadáver deu entrada às 18h25 no IML.

Ainda de acordo com o que o jornal apurou, a vítima veio de Goiânia há cerca de 30 dias, depois de passar aproximadamente seis meses fora da região. Ninguém explicou exatamente por que ele tinha ido embora ou se tinha algum inimigo declarado.

A reportagem conversou com uma ex-mulher de Romeu, que não quis se identificar. Ela esteve no local do crime. Disse que estava trabalhando quando foi avisada da tragédia. Alegou que não tinha conhecimento dos negócios do ex-marido.

Já o delegado Felipe Leal, titular da Delegacia de Bom Jesus do Tocantins, que investiga o caso, explicou que a versão apresentada por testemunhas sobre o modus operandi da dupla criminosa ainda está pendente de confirmação. O policial disse também que não tinha ainda nenhuma informação de atos ilícitos praticados por Romeu, que embora fosse maranhense viveu praticamente a vida toda na Vila São Raimundo. Era também um vendedor de queijo muito popular naquela localidade. (Chagas Filho com informações de Josseli Carvalho)

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A reportagem do CORREIO apurou no local do crime que foram encontradas perto do corpo cinco cápsulas de projetis que são provavelmente de uma pistola pequena, tipo 765 ou 635.