A Polícia Civil do Pará encaminhou duas forças-tarefas para investigar os indícios de prática de incêndio criminoso nas regiões de Novo Progresso e São Félix do Xingu, sudoeste e sudeste do Estado. As informações foram divulgadas nesta terça-feira (27). A determinação é do delegado geral, Alberto Teixeira, após o registro de queimadas em áreas de proteção ambiental.
No Pará, operação do Governo do Estado busca conter os 10 mil pontos de incêndio espalhados por áreas de florestas. Aproximadamente 90% dos pontos de incêndio e desmatamento se concentram em três municípios paraenses: Altamira, Novo Progresso e São Félix do Xingu, no eixo da rodovia BR-163 e da Transamazônica.
As ações vão começar e seis municípios onde o fogo atinge unidades de conservação ambiental e terras indígenas. Cerca de 50 pessoas envolvidas com queimadas no Estado já foram identificadas.
Leia mais:Sob coordenação da Diretoria de Polícia do Interior (DPI), a ação conta com equipes deslocadas para apurar os fatos a fim de punir os responsáveis pelos crimes ambientais.
Em Novo Progresso, estão em atuação policiais das Delegacias de Conflitos Agrários (DECAs) de Altamira e de Santarém, em conjunto com o NAI (Núcleo de Apoio à Investigação) de Altamira e da Superintendência Regional do Tapajós.
Na região de São Félix do Xingu, o trabalho de investigação é realizado por policiais civis das DECAs de Marabá e de Redenção, em conjunto com policiais do NAI de Redenção e da Superintendência Regional do Alto Xingu.
Queimadas
A Polícia Federal vai investigar uma série de queimadas registradas no estado do Pará. E uma reunião na sede do Comando Militar do Norte, em Belém, definiu o plano de ação contra queimadas no Estado, em uma ação conjunta do Exército e Corpo de Bombeiros.
A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou nesta segunda-feira (26) que há “suspeita de ação orquestrada” em queimadas na Amazônia. “O que nós percebemos é que há sinais disso, há elementos que justificam a abertura de inquéritos para investigar e punir os infratores”, acrescentou.
“O Código Florestal proíbe as queimadas, com raríssimas exceções. O fogo que estamos constatando na Amazônia está vinculado sobretudo ao desmatamento ilegal. De forma residual, há casos de focos de queimada na beira de estradas que ocorrem nesse período do ano ligado a diversos fatores. Também há casos de queima acidental. O que devemos fazer é reforçar o combate ao desmatamento ilegal, com repressão e monitoramento, que em consequência, as queimadas diminuirão”, declarou o titular da Semas, Mauro O’de Almeida.
(Fonte:G1)