Correio de Carajás

PM vistoria escolas após boatos sobre atentados

Um texto amplamente distribuído nas principais redes sociais sobre um suposto atendado a escola estadual Maria da Glória Rodrigues Paixão, na cidade de Jacundá, um dia após o massacre na escola Raul Brasil, no Estado de São Paulo, causou um alvoroço na comunidade escolar e nos órgãos de segurança. Homens da Polícia Militar foram ao local por duas vezes, e na sexta-feira, 15, o delegado Sérgio Máximo anunciou que ouvirá os responsáveis pelo compartilhamento das mensagens.

A princípio, a mensagem supostamente narrada por um estudante dá a entender que um grupo de alunos irá “trancar as salas e jogar pelas grades os Molotov e os alunos que conseguirem sair iria matar a facadas e tiros, uns também estão indo por ódio há professores”.

A escola Álvaro Adolfo também foi vistoriada pela PM após mensagens

Outros casos foram registrados no Estado do Pará, como Belém e Santarém. A Secretaria Estadual de Educação (Seduc) trata as mensagens como “Fake News”, e afirmou em nota: “Entretanto, a veracidade da informação, bem como o responsável pela publicação, está sendo investigado para identificar se o caso se trata de Fake News ou uma possível ameaça”.

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Na quinta-feira, 14, tanto na parte da tarde quanto a noite, o comandante da Polícia Militar em Jacundá, major Fábio Rayol deslocou uma equipe para vistoriar a unidade de ensino, que atende quase dois mil alunos em três turnos. “É um texto irresponsável, feito por algum inconsequente”.

“Entramos em contato com as diretoras das Escolas Maria da Glória (Fundamental e Médio), tanto por telefone como pessoalmente, se colocando a disposição de qualquer adversidade que perturbe a sociedade estudantil, e que iremos intensificar no dia de amanhã (hoje) o policiamento escolar nas referidas escolas”, afirmou o major. A direção da escola foi orientada a registrar um Boletim de Ocorrência na Delegacia de Polícia Civil de Jacundá.

Na Delegacia de Polícia Civil, segundo o delegado Sérgio Máximo, a mensagem é investigada. “Vamos descobrir a origem dessa notícia irresponsável”. Para chegar ao autor, ele disse que começará ouvir pessoas que compartilharam o texto. “Já estamos com vários nomes de pessoas que compartilharam o conteúdo. Vamos chamar uma a uma até identificarmos a origem”.

ÍNTEGRA DA MENSAGEM

Atenção!

No dia 15 de março, está havendo um boato que há um grupo de alunos do Maria Da Glória formado por alunos e ex-alunos que estão motivados pelo atentado de Suzano, em fazer o mesmo. Um dos membros desse grupo disse para um amigo, que estava com medo de uma coisa e ele perguntou o porquê. Ele falou que estão planejando isso desde de que souberam do atentado, e disse que planeja levar coquetéis molotov. E trancar as salas e jogar pelas grades os molotov e os alunos que conseguirem sair iria matar a facadas e tiros, uns também estão indo por ódio há professores. E também disse que haveria 7 jovens. E vão atacar a escola em horário de aula porque os alunos estariam na sala. Então repasse essa informação para que a escola tome as devidas providências. Pode ser apenas uma coisa que jovens problemáticos estão pensando, mas pode ser verdade então repasse isso.

Trechos de mensagens em Santarém tinham até uma arma e balas

OUTROS CASOS NO PARÁ

Na cidade de Santarém, Oeste do Pará, a Polícia Militar foi mobilizada no final da tarde de quinta-feira (14), para fazer rondas na Escola Estadual Álvaro Adolfo da Silveira, no Bairro Santa Clara, e nos arredores, atendendo chamado da direção após o compartilhamento em grupos de WhatsApp e redes sociais, de mensagens que teriam sido trocadas entre dois jovens, sobre um suposto atentado na instituição.

Outro caso foi registrado na Escola Renato Pinheiro Conduro, localizada no bairro Maracangalha, em Belém. Os casos seguem para investigação pela Polícia Civil.