Correio de Carajás

Piloto da moto náutica que matou Valdicleison era uma mulher, diz polícia

A Polícia Civil concluiu e enviou à Justiça o inquérito policial que investiga a morte de Valdicleison Lopes de Oliveira, de 31 anos. Ele faleceu na noite de 22 de agosto, quando a voadeira que ele pilotava foi atingida, durante a noite, por uma moto aquática (o famoso jet-ski), no Rio Tocantins, entre a Praia do Tucunaré a Colônia Z-30, em Marabá.

Valdicleison morreu em acidente no Rio Tocantins e sua família cobra justiça

Na manhã desta quinta-feira, 24, a Reportagem do CORREIO levantou, com exclusividade junto à Polícia Civil, que a pessoa indiciada pela polícia por estar pilotando a moto náutica seria Lorena Andrade Ribeiro Leão. Uma surpresa, já que muitas pessoas avaliavam que se tratava de um homem.

Ontem, quarta-feira, 23, o delegado Bruno Mesquita, que preside o inquérito, respondeu ao CORREIO que a investigação estava sob sigilo, mas confirmou que o inquérito foi concluso e encaminhado ao Poder Judiciário.

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“Foi identificado quem estava conduzindo a moto náutica, que é o jet-ski, e todos que estavam numa reunião também já foram intimados e devidamente colhidos seus depoimentos”, disse o policial, referindo-se às pessoas que estavam se divertindo naquela tarde/noite, no rio, em companhia do piloto responsável pelo acidente, mas sem revelar o nome.

Como tudo aconteceu

Valdicleison estava acampado na Praia do Tucunaré com familiares e teve de voltar à orla para pegar mais mantimentos e também fechar as portas do seu carro, que apresentaram problema na trava. Foi justamente nessa volta, quando, inadvertidamente, a moto náutica colidiu com a lancha onde estavam Valdicleison e outros familiares dele.

Com o impacto, ele teve o corpo jogado contra o assoalho da “voadeira” e bateu com a cabeça, sofrendo traumatismo craniano e morreu na hora. Enquanto isso, o piloto do jet-ski fugiu sem prestar socorro ás outras vítimas, sabendo que estava errado, pois motos aquáticas não podem ser pilotadas à noite, pois não dispõem de iluminação.

Há que se destacar que a Polícia Civil agiu rápido, identificando logo o veículo envolvido, que estava em uma náutica da cidade, com as marcas da colisão.

A reportagem ainda não descobriu quem é o advogado da indiciada Lorena Leão. Tão logo seja identificado e quiser se manifestar, o Portal Correio e o Jornal Correio estarão disponíveis para isso. (Redação com Chagas Filho e Josseli Carvalho)