Correio de Carajás

Petrobras eleva preço da gasolina em 3% nas refinarias nesta quinta-feira

A Petrobras anunciou aumento do preço médio da gasolina em suas refinarias em 3% a partir desta quinta-feira, 20. É o primeiro reajuste do combustível neste ano, após quatro cortes já realizados em 2020. O valor do diesel da petroleira, por sua vez, não terá alterações. O reajuste da gasolina ocorre após o preço do petróleo do tipo Brent registrar recuperação de cerca de 10% desde o último dia 10, quando havia atingido o menor custo em cerca de 13 meses, com temores sobre o impacto do coronavírus na demanda chinesa. O repasse dos ajustes de preço nas refinarias para o consumidor final nos postos depende de diversos fatores, como impostos, margens de distribuição e revenda e mistura de biocombustíveis.

A companhia já havia anunciado neste ano quatro reduções nos preços, devido à queda das cotações internacionais do petróleo. O presidente Jair Bolsonaro tem criticado a demora do repasse para o consumidor. Para ele, a Petrobras deveria parar de reduzir o preço dos combustíveis nas refinarias, uma vez que a queda não está se refletindo nas bombas para o consumidor final. Foi mais uma estocada de Bolsonaro em sua cruzada para baixar os valores cobrados dos consumidores pela gasolina e pelo diesel. Apesar da crítica, ele afirmou que não interfere na política de preços da estatal e que não telefonaria — como já o fez e provocou polvorosa no mercado — para o presidente da empresa, Roberto Castello Branco, para tratar do assunto.

“Eu sei que os estados estão em seríssimas dificuldades, mas mais dificuldade que os estados é o povo, que não aguenta mais pagar 5,50 [reais] na gasolina, o caminhoneiro pagar 4,10 [reais] no litro do óleo diesel”, afirmou o presidente. “Parece que diminuiu de novo hoje o preço na refinaria, não tenho certeza ainda. Mas se diminuiu, com todo o respeito, não pode diminuir mais, porque não chega no consumidor”, afirmou Bolsonaro. O mandatário defende que o ICMS seja cobrado em cima do preço da refinaria, e não da bomba. A proposta, no entanto, enfrenta forte resistência de governadores de diversos estados.

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(Veja com  informações de Reuters)