Correio de Carajás

Parauapebas: Usuário morreu na rua da casa da mãe

Foi identificado como Rafael Gideone do Nascimento, de 32 anos, a vítima de disparos de arma de fogo encontrada morta na madrugada de domingo (2), no Bairro Primavera, em Parauapebas. A irmã dele fez a identificação e procurou a 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil para registrar boletim de ocorrência.

Rafael é natural de Bragança e, conforme a Polícia Civil, a identificação aconteceu na manhã de domingo, após a irmã de Rafael ter sido procurada por vizinhos que visualizaram postagens em redes sociais e notícias sobre o corpo encontrado. Ao visualizar fotos que haviam circulado por aplicativos de mensagens, ela reconheceu o irmão, por volta das 10 horas.

Rafael estava com cesta básica e litro de cachaça quando foi morto/ Foto: Ronaldo Modesto

O corpo havia sido encontrado quase seis horas antes, por volta das 3h30, na Rua Amazonas, em uma área de casas de palafitas. A vítima foi executada com disparos de arma de fogo, sendo atingida na cabeça e nas nádegas. Rafael estava com uma faca na cintura, um alicate, uma garrafa de aguardente e uma cesta básica. Na rua, foram localizadas quatro cápsulas de calibre 380, disparadas por uma pistola.

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A irmã de Rafael informou para a Polícia Civil que a vítima era usuária de drogas há aproximadamente um ano e sequer tinha documentos pessoais, pois havia perdido os papeis há muito tempo. Conforme ela, após o envolvimento com drogas, Rafael se afastou dos familiares e passou a viver nas ruas, sem endereço fixo.

Vez em quando, conta, ele procurava a casa da mãe. No sábado (1º), antes de ser executado, havia estado no endereço, onde almoçou, na Rua Amazonas, mesma via em que foi encontrado morto. Após a refeição, relata a irmã, ele se retirou sem ter dado informações precisas sobre a vida pessoal ou sobre o que vinha fazendo. Rafael apenas comentou que passava as noites em uma casa abandonada em uma rua atrás da casa da família.

Ela acrescentou que o irmão vinha sendo ameaçado, sem poder identificar o responsável, e sabia que ele possuía dívidas, mas sem saber ao certo com quem. Por fim, disse saber que além de usuária, a vítima era envolvida com o tráfico de drogas e praticava furtos e roubos na cidade. (Luciana Marschall e Zeus Bandeira com informações de Ronaldo Modesto)