Correio de Carajás

Parauapebas registra mais de mil acidentes em 2022, afirma DMTT

Dados do DMTT mostram que uma pessoa perdeu a vida por mês no trânsito de Parauapebas

O Departamento Municipal de Trânsito e Transporte (DMTT) realizou o levantamento dos números relacionados às infrações e acidentes de trânsito no município de Parauapebas durante todo o ano de 2022. Ao todo, 1.068 acidentes foram registrados, com 12 vítimas fatais.

A equipe de reportagem do CORREIO procurou a direção do DMTT, comandada pelo agente Ezequiel Assunção, que deu alguns detalhes sobre o balanço anual do Departamento e falou sobre a atuação do órgão na prevenção de acidentes.

De acordo com Eezquiel, o número de acidentes é grande, mas um pouco menor que 2021, que registrou 1145 casos e 15 vítimas fatais – três a mais que o ano passado.

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Além disso, o diretor falou sobre a grande quantidade de infrações no município. Foram registrados mais de 10 mil condutores e/ou passageiros sem capacete – cena muito comum no trânsito da “Capital dos Minérios”. Isso se reflete, ele explica, no número de acidentes, sobretudo aqueles que resultam em vítimas fatais.

Só pelo videomonitoramento do Centro de Controle de Operações (CCO), o DMTT flagrou 1.280 infrações de lotação excedente, ou seja, mais de dois passageiros em motocicletas.

Apesar da aplicação de multas e, eventualmente, sanções administrativas, o diretor destaca que o Departamento trabalha, basicamente, em três frentes: educação, engenharia e fiscalização.

Ezequiel explica que o Núcleo de Educação para o Trânsito (NET) vem desenvolvendo um trabalho não só de campanhas nas ruas, mas também nas escolas. “A gente entende que é importante ir educando. Desde a base, as crianças e adolescentes, já que serão eles os condutores no futuro”. Também são realizados trabalhos em empresas, tendo em vista que que parte da frota em Parauapebas é de veículos que estão em serviço.

Em relação à engenharia, o diretor afirmou que conta “conta com o trabalho de sinalização e um grande aliado – que começou a ser finalizado por conta dos ritos legais – o Plano de Mobilidade Urbana”, um estudo que aborda o conjunto de propostas e estratégias para a melhoria da mobilidade urbana no município.

Já a fiscalização, o último componente desse tripé, é realizada pela equipe de agentes de trânsito – cuja expectativa é de aumentar. Essa fiscalização, explica, não tem como objetivo principal punir, também há um trabalho educativo.

Ele cita o trabalho de operação de trânsito utilizado em horários de pico e a fiscalização eletrônica, que Ezequiel chama de “nossos olhos onde o agente de trânsito não está”. Todo o conjunto de ações do DMTT é realizado com o objetivo de tornar o trânsito mais harmonioso e impedir acidentes – sobretudo aqueles com vítima fatal –, um trabalho essencial em um Município que cresce mais a cada ano. (Clein Ferreira)