Na tarde de ontem, sexta-feira (5), a Polícia Militar prendeu quatro elementos em uma barreira de rotina no município de Parauapebas. Acusados de matar uma anta, eles foram autuados por crime ambiental – maus tratos a animais silvestres – e por porte ilegal de munição de arma de fogo, segundo explicou o delegado Gabriel Henrique, da Polícia Civil.
Os acusados foram identificados como Francisco Rodrigues de Carvalho Filho, Geremias Gonçalves da Cruz, Joaquim Paulo Silva Ferreira e Wallison Gonçalves de Oliveira. Ouvidos pelo delegado Gabriel, eles disseram que a anta estava ferida por causa de uma briga com um cachorro da fazenda onde ela foi encontrada.
Diante da situação, os acusados alegam que achavam que o animal iria morrer, por isso resolveram abatê-lo. “Eu pergunto a você se eles têm bola de cristal pra saber que a anta ia morrer”, questiona o delegado, ao acrescentar que “tudo vai ser apurado melhor, mas eles vão ser autuados”.
Leia mais:Ainda segundo o delegado Gabriel Henrique, no decorrer do inquérito o caseiro da propriedade rural também será ouvido, pois os acusados disseram que foram até a fazenda a convite deste.
Sobre a destinação da carne, o delegado disse que seria lançada no aterro sanitário, pois não pode ser doada em razão de não se ter conhecimento sobre a origem, porque não se sabe, por exemplo, quanto tempo ficou armazenada no calor.
Ainda de acordo com o delegado, os quatro acusados mudaram sua versão sobre a espingarda usada para abater o animal. Primeiro disseram que ficou na mata, depois – instruídos por advogado – afirmaram que não existia arma nenhuma, pois apenas os cartuchos foram encontrados junto com a carne no bagageiro do carro em que andavam. O quarteto não teve direito a pagamento de fiança porque a cumulação dos dois crimes não permite esse direito. (Chagas Filho – Com informações de Ronaldo Modesto)