A Justiça de Parauapebas determinou que Lídines Miranda Silva, 25 anos, seja internada em hospital para receber tratamento adequado. Na sexta-feira (14), após apresentar quadro de suposto surto psicótico, ela matou o filho, um bebê de dois meses e nove dias de vida, no Bairro Parque dos Carajás. Desde então, segue internada no Hospital Municipal de Parauapebas.
A delegada de Atendimento à Criança e ao Adolescente (Deaca), Ana Carolina de Abreu, informou ao Correio de Carajás, nesta segunda-feira (17), que Lídines estava em “surto psicótico com quadro delirante” e acreditava que as duas meninas e o bebê que estavam com ela corriam riscos, Por conta disso, a mãe decidiu tirar as crianças da casa e saiu correndo, se refugiando numa construção, local do crime.
Ainda segundo a delegada, na construção, Lídines pediu que as crianças tirassem as roupas e começassem a orar. Ela também tirou a própria roupa e a do bebê, alegando que estavam amaldiçoadas. “Ela relatou no hospital, quando já estava medicada, que tampou a boca do bebê para que ele não chorasse”, destacou Ana Carolina.
Leia mais:Lídines disse à polícia acreditar que o marido apresentava risco para ela e às crianças, por isso, teria fugido para que não fossem encontradas por ele. Contou, ainda, que tirou as roupas para que não fossem reconhecidos pelo marido.
Já o marido, que não teve o nome divulgado, disse na Deaca que a mulher já apresentava quadros de instabilidade, acordando de madrugada, mas, que era “tratada com orações”.
A delegada disse, ainda, que todas as informações colhidas serão encaminhadas à Justiça. O incidente de insanidade mental será instaurado, enviado ao Ministério Público Estadual e de lá para a Justiça.
Se for comprovado que no momento da ação ela estava com alguma doença mental, receberá uma sentença absolutória imprópria, ou seja, ao invés do cumprimento da pena ocorrer em presídio, será em uma unidade psiquiátrica penal. (Theíza Cristhine e Ronaldo Modesto)