Um homem passou momentos de terror durante todo o dia de ontem, segunda-feira, 11, nas mãos de integrantes de uma quadrilha acusada de cometer assaltos em Parauapebas.
Ele foi usado como escudo humano pelos criminosos que fugiam do cerco policial, após troca de tiros com uma guarnição da Polícia Militar e um policial ser ferido de raspão no braço.
Em depoimento à delegada Yanna Azevedo, que conduz as investigações sobre o caso, Cícero dos Santos contou que estava na casa dele, no Bairro da Paz, na companhia de um vizinho, quando por volta de 10 horas dois homens armados invadiram o imóvel e o fizeram, sob ameaça de baleamento, refém.
Leia mais:Segundo ele, os assaltantes mandaram ele seguir na frende deles, para que servisse de escudo, caso voltassem se confrontar com a polícia. Cícero relatou que os assaltantes entraram com ele em uma área de mata e toda vez que que viam o helicóptero do GRAESP, que fazia busca por eles, se escondiam no meio do matagal. Os momentos de terror, segundo ele, duraram o dia todo e ele só foi liberado pelos assaltantes à noite.
Ele relata que os bandidos disseram que iam seguir rumo à cidade de Canaã dos Carajás e mandaram que ele fizesse o caminho inverso. Ainda de acordo com Cícero, após caminhar muito, conseguiu chegar à Avenida Presidente Prudente, onde encontrou um conhecido, que o levou para casa.
Cícero afirmou ter reconhecido e identificado um dos criminosos como sendo Idalécio Alves da Silva, que teria crescido no mesmo bairro onde ele mora. Já o outro homem, relata, tem o sotaque parecido com quem é natural de Belém, capital do Estado, ou do Rio de Janeiro.
Um dos acusados de integrar a quadrilha, Marcelo Fidelis da Silva, foi morto por volta 15 horas de ontem durante abordagem policial em uma quitinete em que estava escondido, no Bairro Cidade Jardim. Segundo a Polícia Militar, ele estava armado com uma pistola ponto 40 e reagiu à prisão, ameaçando atirar nos policiais, que agiram para neutralizá-lo. (Tina Santos- com informações de Ronaldo Modesto)