Correio de Carajás

Bombeiros continuam buscando corpo avistado descendo o rio

O Corpo de Bombeiros segue realizando buscas no Rio Tocantins, à altura do município de Itupiranga, por um corpo avistado por pescadores ontem, segunda-feira (11), descendo as águas. Um vídeo chegou a ser gravado pelos homens, comprovando que havia um homem morto, com as mãos amarradas para trás, no rio.

“As buscas iniciaram ontem à tarde e paralisaram por volta das 19 horas. A lancha retomou hoje (terça), às 6 horas, em Itupiranga. Eles estão descendo o rio fazendo buscas. O apelo à população é que se alguém avistar um corpo à deriva, descendo o rio, que na medida do possível o prendam com linha ou rede para ficar mais fácil a recuperação deste cadáver, para entregarmos ele ao IML e à família”, afirma o capitão Macedo, do Corpo de Bombeiros.

Há a suspeita de que o corpo seja do ex-presidiário João Pedro Souza Curvina, de 20 anos, morto na noite da última sexta-feira, dia 8, em uma área de mata, na Folha 1, ocupação urbana da Nova Marabá que fica nas margens do Rio Tocantins. A execução foi filmada pelos próprios criminosos e até o momento o corpo não foi localizado.

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Apesar das roupas dos homens que aparecem em ambos os vídeos serem semelhantes e as vítimas estarem com as mãos amarradas, o capitão afirma que ainda não foi confirmado que trata-se da mesma pessoa.

O vídeo que filma o momento exato da execução tem apenas 10 segundos de duração e está circulando em vários grupos de WhatsApp. Nele, a vítima já aparece amarrada com as mãos para trás, vestida de camisa e apenas de cueca, deitada no chão e sendo chutada por um dos assassinos.

João Pedro ainda questiona um dos algozes, dizendo que lhe conhece, mas seu apelo é em vão. Um dos acusados, provavelmente o que está com a arma do crime nas mãos, pergunta se aquele é o momento para matar João Pedro. “Já é? Já é, doido?”, pergunta duas vezes, ao que um dos comparsas responde: “Já é”, ordenando a execução.

Em seguida, o atirador dispara nada menos de oito vezes na direção da vítima, que está indefesa no chão. Os disparos são direcionados no rosto e na cabeça de João Pedro, cujas últimas palavras são: “Eu te conheço”, uma forma de apelar para não ser morto. A arma usada parece uma submetralhadora. (Luciana Marschall e Chagas Filho – com informações de Josseli Carvalho)