Em época da pandemia de coronavírus, uma das orientações dos órgãos de saúde é a higienização constante das mãos, o que preocupa voluntários que ajudam moradores de rua, em Parauapebas, já que eles vivem em condições precárias de saneamento. No final da tarde desta segunda-feira (23), o prefeito Darci Lermen assinou e publicou decreto n°326, que estabelece o estado de calamidade pública e dispõe sobre medidas para a prevenção da doença, no município.
“As pessoas em situação de rua, que ainda não estejam em acolhimento institucional promovida pelo município, diretamente ou mediante parcerias com instituições privadas, assim como as eventualmente desabrigadas em decorrência de chuvas, deverão ser postas em condições adequadas de isolamento social, saúde e higiene, seja com utilização e adaptação de prédios públicos, como escolas ou outro meio previsto em lei”.
O decreto estabelece que a Secretaria de Assistência Social deverá elaborar estratégia para a entrega de cestas básicas, se possível contendo máscaras e álcool em gel às famílias de baixa renda, durante o tempo de calamidade.
Leia mais:O técnico da abordagem social, João Paulo Tavares de Aquino, integra o Serviço Especializado em Abordagem Social e destaca que desde as primeiras informações da Covid-19 na cidade se preocupa com quem vive em condição de rua, já que estes cidadãos não podem seguir o protocolo indicado pelo Ministério da Saúde.
O local mais comum para encontrar moradores de rua é próximo ao Hospital Municipal de Parauapebas, onde muitos chegam a dormir no local. Lá, também é servido sopão por voluntários, mas é possível encontrar pessoas dormindo no Terminal Rodoviário ou na Praça dos Metais, conhecida por muitos como “pé inchados”. O terceiro local é a feira no Bairro Rio Verde.
Para João Paulo, o município deveria instituir um centro permanente para atender pessoas em situação de rua para que pudessem dormir e receber atendimentos básicos. (Theíza Cristhine)