Por conta da greve dos caminhoneiros, que chega ao nono dia, Parauapebas já começa a ficar completamente desabastecida de alimentos. Na principal rede atacadista da cidade, acabaram legumes, verduras e frutas e as compras em atacado foram reduzidas, para garantir a venda em varejo.
Até o sal acabou, diz Ronny Alves, do setor de divulgação da rede atacadista. Ele adianta que até final do mês ainda haverá estoque de mercadoria, como arroz e feijão, mas depois disso, se não chegar novo estoque, tudo vai acabar. No depósito da rede atacadista, há vários setores vazios e na câmara fria, onde ficam verduras e legumes, não há mais nada.
Segundo Ronny, quando o movimento está na normal, uma média de 20 caminhões descarregam diariamente no local. “Esperamos que a situação se normalize, caso contrário Parauapebas ficará praticamente desabastecida”, ressalta.
Leia mais:Na principal feira da cidade também não há mais nada. Acabou tomate, cebola e produtos que vêm de outras cidades. Outra preocupação é com a falta de água mineral e gás de cozinha. Não existe previsão para a chegada desses itens e muita gente não sabe o que fazer. Boa parte da população consome água mineral porque não confia na qualidade da água distribuída na cidade.
O estoque de água mineral da cidade acabou no último final de semana. A saída para muita gente está sendo ferver o líquido para beber. Mas isso consome outro item que também está em falta, o gás, que, quando encontrado, chega a R$ 100 o botijão. “A gente lamenta essa situação, mas vamos tentar suportar, para que esse governo entenda que quem manda é o povo. Estamos juntos com os caminhoneiros”, diz a dona de casa Elis Regina, que comprou itens da cesta básica para passar um mês.
(Tina Santos)