Correio de Carajás

Parauapebas: Candidato baleado reaparece em ‘live’

O candidato a prefeito de Parauapebas, Júlio César Araújo Oliveira, 32 anos, reapareceu em uma live nesta segunda-feira, 26, após ter sofrido uma emboscada no dia 14 deste mês ter sido atingido por um tiro no peito. Ele disse que estava recluso durante a recuperação.

A live iniciou por volta de meio dia por meio de redes sociais. Ele disse estar “bem” e previu retornar na quarta ou quinta-feira desta semana com os compromissos de campanha. Com duração de um pouco mais de quarenta minutos, o que seria uma coletiva não teve esse caráter e perguntas eram feitas de forma online. Todavia, estranhamente, as únicas três perguntas respondidas eram do mesmo jornalista.

O candidato afirmou nunca ter recebido ameaças e não ter intrigas com ninguém, que seu único inimigo é a corrupção. Disse ainda desconhecer os responsáveis pelo atentado, mas acredita que as investigações levarão aos responsáveis. Alegou, ainda, que não usará o atentado para se fazer de vítima.

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O candidato destacou durante a transmissão, ser um ato de covardia questionarem a veracidade do ocorrido com ele, citando ser “tão covarde quanto o atentado” e indagou ainda se é preciso morrer para ser verdade.

Júlio César fez diversas acusações sem citar nomes ou provas. “Essa prefeitura existe muitos crimes dentro dela, e olhe lá se não tiver crimes assim como ocorreu comigo, porque muitas coisas ainda estão aí obscuras”.

O candidato informou que ter feito exame de corpo de delito ainda no hospital e que o superintendente de Polícia Civil, Thiago Carneiro, de Marabá, levou perito ao hospital no dia seguinte para avaliar a situação. “O que me deixou muito estranho porque no dia seguinte o doutor Nelson me ligou, depois de ter pego meu depoimento querendo que eu fizesse o mesmo exame. Falei pra ele que eu já tinha feito e ele não tinha conhecimento que esse exame tinha sido realizado”.

Entrevista

Júlio César concedeu entrevista exclusiva ao programa Fantástico, da TV Globo, exibido no domingo, 25, onde mostrou a marca do disparo que recebeu.   

Entenda o caso

Júlio César viajava na frente, no banco do carona, em uma caminhonete Hilux, acompanhado de um apoiador que dirigia, e mais duas pessoas. Ele retornava de uma reunião política na Vila Carimã, zona rural de Parauapebas.

Ainda na estrada vicinal, de acordo com o relato de Júlio Cesar e das testemunhas, se depararam com uma outra caminhonete atravessada na pista e resolveram não parar. Desviaram do “bloqueio” e seguiram em alta velocidade, mas foram perseguidos pelos ocupantes do outro veículo, que dispararam vários tiros. Eram três homens encapuzados e portando armas. O caso segue sendo investigado pela polícia. (Theíza Cristhine)